Review | Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. [Season 3]

Nota
3.5

“As leis da natureza mudaram, e enquanto as leis do homem não mudarem e começarem a refletir isso, temos que fazer o que é certo”

A batalha entre a H.Y.D.R.A. e a S.H.I.E.L.D. se abrandou, as duas células de renascimento da S.H.I.E.L.D. se unificaram e a batalha contra Jiaying e seu time de inumanos terminou de forma trágica, matando a líder dessa nova raça e deixando alguns inumanos isolados, mas tudo isso só serviu para motivar Phil Coulson a mudar o jogo. Agora a S.H.I.E.L.D. está mais forte, Skye assumiu seu nome de batismo, Daisy, e agora está incumbida de encontrar dotados e inumanos para criar uma nova força tarefa dentro da agência, uma força tarefa formada apenas por pessoas com poderes, mas não esperavam o surgimento de tantos novos inumanos.

Durante a batalha contra Jiaying, alguns recipientes com Terrígeneo caíram na água, contaminando o ecossistema marinho e, consequentemente, causando o despertar dos poderes de diversos humanos com sangue Kree ao redor do mundo. Agora a S.H.I.E.L.D. precisa proteger essas pessoas do Advanced Threat Containment Unit, comandado por Rosalind Price, de Lash, um ser misterioso que vem caçando inumanos, e da nova célula da H.Y.D.R.A., que surge pelas mãos de Grant WardWerner von Strucker (filho do Barão Wolfgang von Strucker). Aos poucos uma nova subtrama vai ascendendo, se conectando aos plots principais e, assim como na primeira temporada, se unificando para se tornar o antagonismo principal da temporada: A trama por trás do Monólito Kree que sequestrou Simmons e leva a um outro planeta. A trama do Monólito começa discreta, criando uma subtrama inocente mas que aos poucos se revela conectada com os inumanos, o ATCU e a H.Y.D.R.A., dando um novo significado ao artefato e criando uma plot principal bem mais empolgante.

A chegada de Constance Zimmer, vivendo Rosalind, é avassaladora, a atriz consegue chamar a atenção desde sua primeira aparição, exalando um ar de superioridade que faz ela ser um contraponto excelente com Clark Gregg, Rosalind é impiedosa e Coulson é frio, protagonizando uma embate ideológico que vai, inicialmente, guiando a trama adiante. Outras duas as relações que guiam a temporada são as conexões que se fortalecem entre Fitz e Simmons e a relação entre Daisy e Lincoln Campbell, enquanto os cientistas começam a finalmente viver o amor que mereciam, concretizando o shipp dos fãs mesmo com a interferências de Will Daniels, os inumanos começam a se conectar, se envolvendo e vivendo um romance que surge naturalmente de uma forma inesperada. Enquanto Elizabeth HenstridgeIain De Caestecker protagonizam uma relação inocente, doce e singela, vemos em Luke MitchellChloe Bennet uma relação intensa, que surge de forma abrupta porém natural e parece ser rodeada de tensões que o afastam. Mas o grande ressurgimento na trama é Brett Dalton, que estava sempre presente na trama mas sem muito destaque, até que voltou agora como Hive, o Deus Hidra que surge no decorrer da temporada e ascende rapidamente ao status de antagonista da temporada.

Seguindo de forma independente, o show começa a querer tomar novos rumos, se afastando da dinâmica da H.Y.D.R.A., mas sempre retornando ao mesmo ponto, o que começa a ficar cansativo, mesmo que a trama dos novos inumanos pareça querer se sobressair. O enredo segue morno por vários episódios, só começando a ficar realmente agradável depois de meia temporada, mas ainda não chegando no ápice que tivemos no ano anterior. A temporada parece querer seguir independente da Fase Três do Universo Cinematográfico Marvel, mas “Emancipação” (3×20) surge dando uma rápida referencia aos eventos de Guerra Civil, colocando dentro dos três episódios finais, numa subtrama de fundo, uma busca por justificar a desnecessidade de incluir os inumanos da agência no registro criado pelo Tratado de Sokóvia, ao mesmo tempo que o grupo precisa lidar com o poderoso Hive sem permitir que a humanidade saiba do perigo que está correndo. Concluindo de uma forma confusa, o terceiro ano do show se perde completamente, deixando no ar uma curiosidade latente que nos motiva a querer ver uma quarta temporada, mas sem se consolidar como uma temporada que justificaria uma fidelidade do público.

“Caramba, Tatooine!”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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