Review | Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.: Slingshot [Season 1]

Nota
4

“Mal posso esperar para trabalhar com você. Será divertido.”

Com a instituição do Tratado de Sokóvia, as coisas começam a ficar cada vez mais diferentes na  S.H.I.E.L.D., e é nesse cenário que conhecemos Elena Rodriguez, ou Yo-Yo, uma inumana com a habilidade de se mover com supervelocidade. Elena se une à S.H.I.E.L.D. e, como uma pessoa com poderes, se vê obrigada a assinar o documento que regula e rastreia aqueles com superpoderes, conhecidos como Aprimorados, mas aos poucos ela começa a enxergar todos os efeitos de ser uma “Aprimorada Oficial” ao mesmo tempo que tenta lidar com suas pendências e vinganças do passado.

Com apenas seis episódios de cerca de 5 minutos, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.: Slingshot é uma websérie rápida que teve todos os seus episódios lançados em 13 de dezembro de 2016, serve como spin-off de Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. e se ambiente como préludio para os eventos da quarta temporada do show. Elena é usada como guia na trama, que foca em mostrar as novas regras criadas por Jeffrey Mace, novo Diretor e sucessor de Phil Coulson, e pelo Tratado de Sokóvia, mas também é apresentada, já que a personagem se torna parte do elenco fixo do show principal no quarto ano. Apesar de curta, ela parece ser uma das melhores formas de vermos o impacto que os eventos de Capitão América: Guerra Civil tem na S.H.I.E.L.D., e Elena tem um carisma que facilita que nos coloquemos no lugar dela, com toda a frustração, raiva e determinação que a colombina possui. A série parece reforçar ainda mais o quanto o Tratado é um mal necessário e  o quanto os Aprimorados se sentem controlados, defendendo só por obrigação, mas ao mesmo tempo nos coloca para pensar se as pessoas realmente estão se importando com a violação pessoal que é os relógios que esses superpoderosos precisam usar.

Natalia Cordova-Buckley, que é a verdadeira estrela do especial como Yo-Yo, constroi camadas precisas em sua personagem, deixando claro a raiva por Victor Ramon, que é o que a move, e seus receios com Mace. Ela se vê incentivada por Coulson e Daisy Johnson a aceitar as novas regras da S.H.I.E.L.D., mas ao mesmo tempo deixa clara uma certa resistência quanto a toda a limitação que aceitar o Tratado impõe. Clark Gregg (Coulson), Chloe Bennet (Daisy) e Ming-Na Wen (Melinda May) fazem participações bem pontuais na jornada de Yo-Yo, mas ao mesmo tempo são bem significativos, fortalecendo o caminho que a personagem trilha e até marcando sua presença no show. Iain De Caestecker (Fitz) e Elizabeth Henstridge (Simmons) dão o ar da graça para aquecer os coraçõezinhos dos fãs do casal, mas acabam não sendo muito relevantes para o enredo do especial, como se isso importasse para os que acompanham o show. Quem marca forte é Jason O’Mara, que apesar de só aparecer em um episódio se torna presente no decorrer do enredo, criando uma sombra controladora que segue Yo-Yo e as pessoas que a ajudam, circundando a todos com um medo de serem descobertos ou de precisar enfrentá-lo. Mas mesmo com tão pouco tempo e tantos personagens, o especial não deixa de trazer uma referência padrão para as produções da Marvel, a aparição de Stan Lee, que mesmo não aparecendo em tela literalmente, se mostra presente através de uma caixa de pertences carregada por Coulson.

Agil e preciso, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.: Slingshot sabe exatamente o que quer contar e não perde tempo com enrolações, ele praticamente divide um episódios especial do show em seis partes lançadas online e adiciona camadas a uma personagem deixada de forma marginalizada no enredo do show. Começando e terminando com Daisy e Elena na S.H.I.E.L.D., a série consegue criar um ciclo ritmado e focado, fortalecendo a trama da quarta temporada de Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. de uma forma inesperada, mas ao mesmo tempo abrindo espaço para Elena crescer e evoluir, deixando até um misterio no ar e uma clara transformação pesssoal para a agente. O especial sabe usar o elenco sem deixar cansativo e ao mesmo tempo sabe deixar tudo como um adicional, onde fica claro que não é essencial assistir ao especial para entender os eventos da série principal, mas que se ganha muito assistindo.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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