Review | DC’s Legends of Tomorrow [Season 2]

Nota
4.5

“Não entrem naquela nave. Se entrarem, vão morrer […]
Meu nome é Rex Tyler. Sou membro da Sociedade da Justiça da América.”

Mesmo depois que Rex Tyler alerta para as Lendas não irem a 1942, o grupo acaba sendo obrigado a ir naquela época consertar uma grande Aberração temporal, o que acaba causando um desastre que separa a equipe. Alguns anos depois, o historiador Nate Heywood acaba descobrindo o fim da missão em 1942, acaba salvando Mick Rory e se unindo a missão de reunir o grupo, corrigir as aberrações temporais, descobrir suas origens e encontrar o paradeiro de Rip Hunter, mas o grupo não contava com o surgimento da Legião do Mal, formada por Damien DarhkMalcolm MerlynFlash Reverso, se unindo a grandes malfeitores da história, com a aparição da Sociedade da Justiça da América e o inicio de uma intensa busca pela Lança do Destino.

O segundo ano de Legends of Tomorrow evolui de uma forma singular, complementando os eventos do final da primeira temporada de The Flash e da quarta temporada de Arrow, temos a volta de Darhk e Eobard Thawne, que morrem ao final das temporadas que antagonizavam, dessa vez unidos para impedir a história de seguir seu curso. Com uma motivação completamente plausível, os vilões começam a causar aberrações para formar armadilhas contra as Lendas, possibilitando à série brincar com muito mais fatos históricos, como a Lei Seca e a caçada por Al Capone, o ataque de natal orquestrado por George Washington, quase fazendo George Lucas desistir que criar Star WarsIndiana Jones, motivando Albert Eistein a revelar um segredo sobre sua mulher, além de cruzar com lendas como J.R.R. TolkienRei Arthur e Guinevere. Toda a trama se fortalece pela renovação da equipe, que depois da morte de Leonard Snart e da saída de Kendra Saunder e Carter Hall, precisam encontrar um reforço na chegada de Amaya Jiwe, uma ex-membro da SJA que é a Vixen de 1950, e de Nate, que acaba ganhando poderes de transformar seu corpo em metal, se transformando em Gládio.

Seguindo com o  comando de Marc Guggenheim, a nova temporada, lançada em 13 de outubro de 2016, segue completamente livre para construir sua originalidade através dos seus dezessete episódios de cerca de 40 minutos, elevando ainda mais o padrão da CW e de seu Arrowverse, explorando diversas tramas que não interferem diretamente no presente da série e brincando com as possibilidades dos efeitos da presença da Lendas na história, servindo ainda mais para nos levar a conhecer a SJA, que tem um grande potencial de importância no futuro de todo o Arrowverse. É durante essa temporada que temos a maior evolução dos personagens de Caity Lotz e Dominic Purcell, ambos começam a deixar de lado todo o lado negro de seus passados e vão assumindo uma responsabilidade maior, seja por meio do companheirismo que vai surgindo em Mick Rory ou pela responsabilidade que é assumida por Sara Lance, fatores que permitem os dois personagens assumir uma nova faceta, criando uma diferença tão plausível que fica claro o enorme abismo que existe na relação de Onda Térmica e Capitão Frio, quando temos a participação especial de Wentworth Miller no show.

Apesar de os personagens de Brandon Routh, Victor GarberFranz Drameh e Arthur Darvill não terem uma notável evolução no show, eles não se deixam para trás, aos poucos vamos notando as diferenças sutis em suas personalidades, uma construção de segundo plano que podem ser uma base para uma exploração mais eficiente no futuro. Por outro lado, a trama dos novatos Nick ZanoMaisie Richardson-Sellers é muito mais tocante e envolvente. Nate é neto do Comandante Gládio, o líder da SJA, mas nunca conheceu seu avô, assim como sabe que seu avô foi ausente na infância de seu pai, ele se percebe num impasse no momento em que pode mudar completamente sua vida ao impedir seu avô de morrer servindo a sua pátria, mas ao mesmo tempo vive intensos dilemas temporais. O mesmo se passa com Amaya, ela foi tirada de 1942 e deve voltar ao seu tempo em algum momento, ela deve voltar, ver sua vila ser destruída e morrer para garantir que, em 2017, a Vixen ainda existe e o manto seja assumido por sua neta, Mari McCabe, como vimos na primeira temporada de Vixen. Mas como ser capaz de seguir seu destino quando o amor entra em jogo? A trama fica ainda mais instigante quando Nate e Amaya se apaixonam, o que pode colocar em perigo todo destino dela e criar uma gigantesca aberração.

Não tem como não gostar do andamento da temporada e se animar com os potenciais que a série pode assumir, ainda mais quando todo o conhecimento histórico da trama se une ao Arrowverse, transformando “Invasion!” (2×07) na terceira parte de um épico crossover que une Arrow, The Flash e Legends of Tomorrow, e ainda conta com a participação da Supergirl. Aos poucos a temporada consegue assumir um enredo muito mais sério, mais robusto, criando sua própria identidade e brincando com suas inúmeras possibilidades. Com toda a liberdade criativa que seus executivos possuem, a série tem espaço suficiente para seguir em frente, sempre criando novos enredos inesperados e empolgantes, sempre atualizando sua equipe e sempre livre para mexer com todo o universo da DC e da vida real, o que se torna a maior vantagem do show para manter a fidelidade de seus espectadores.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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