Review | Arrow [Season 4]

Nota
4

“Para ser o simbolo de esperança que o Arqueiro nunca foi. Eu sou o Arqueiro Verde.”

Depois de cinco meses que Oliver abandonou seu manto, os Fantasmas estão aterrorizando sua cidade, que agora foi rebatizada como Star City, e o time de justiceiros formado por Thea (Speedy), Laurel (Canário) e Diggle (Espartano) não está conseguindo dar conta do caos que ameaça a cidade sem prefeito, o que leva o trio a convocar Oliver de volta, que agora assume o nome de Arqueiro Verde. Aos mesmo tempo, Felicity está lidando com a presidência da Palmer Tech, que passou para a moça após a morte de Ray Palmer na explosão do seu traje. Um retorno animador que logo é contrabalanceado com uma informação aterradora, uma cena de Oliver seis meses após seu retorno, parado em frente ao tumulo de alguma pessoa não revelada, chorando e sofrendo as consequências de seu retorno. Um novo ano com um novo inimigo: os Fantasmas, seu líder, Damien Darhk, e seus companheiros da H.I.V.E.

Seguindo a expansão, que já virou costume, do universo da série através de ramificações da base existente na DC Comics, a série de Greg Berlanti e Andrew Kreisberg retorna em 7 de outubro de 2015 com 23 episódios que começam a se conectar ainda mais com The Flash, ao trazer mais meta-humanos à série, e se expandir para os princípios da magia, por meio dos poderes de Damien Darhk, do aprofundamento da mitologia do Poço de Lázaro, da mitologia por traz dos Totens de Zambeze (que ajudam a apresentar Vixen).

A temporada ainda é usada para expandir ainda mais o Arrowverse ao resgatar, o até então finado, John Constantine, que entra para a universo das séries e ganha uma esperança de futuro após seu show ter sido cancelado pela CW. A temporada ainda introduz Curtis Holt (que usa o mesmo sobrenome do Senhor Incrível), Baron Reiter (que nas HQs é o alter ego do Barão Blitzkrieg), Noah Kuttler (Calculator), entre outros, além de, com o passar do tempo, a série pouco a pouco trazer de voltar personalidades fortes, que deveriam estar mortos, como Sara Lance e sua CanárioRay Palmer, que pode voltar a ser o Atom. Temos ainda a introdução da premissa para o, já anunciado, Legends of Tomorrow, começando a trama em “Legends of Today” (The Flash 2×08) e a finalizando em “Legends of Yesterday”.

Seguindo de forma discreta, a série foca muito mais em incluir a magia de forma concisa no Arrowverse, nos mostrando que é possivel ser sóbrio e realista ao mesmo tempo que flerta com o fantástico, é possivel trazer toda a obscuridade da DC Comics ao mesmo tempo que se conecta com a praticidade de The Flash, que é possivel evoluir para novos rumos uma série que parece tão perfeita em seu caminho e mesmo assim não perder a linha ou se tornar exagerado. O trabalho de Stephen Amell segue num crescente absoluto, vemos cada vez mais o ator se fundir ao seu personagem, vemos Amell se tornar Queen, e Queen se tornar o Arqueiro Verde, vemos que o ator cai como uma luva no personagem e não só sabe disso como se aprofunda nessa qualidade.

A vilania da temporada fica completamente focada nos planos de Darhk, e é nesse ponto que vemos o quanto o trabalho de Neal McDonough se torna relevante para a série, construindo um vilão que ao mesmo tempo que consegue ser poderoso e frio, se demonstra sensível e altruísta, ao mesmo tempo que mata com o toque de seus dedos, se mostra amoroso em seu leito familiar, ao mesmo tempo que planeja a morte de milhares, pensa na salvação por meio de suas ideias revolucionarias. Mesmo quando vemos Janet Kidder surgir como Ruvé Adams, não conseguimos enxergar um embate politico tão forte quanto o que vemos entre o protagonista e o antagonista, o que acaba polarizando intensamente o ano, mas nos surpreende ao não se torna ruim e nem cansativo.

É incrível como a dinâmica formada entre Neal e Amell fica tão equilibrada dentro da proposta da temporada, que nos perguntamos se as próximas temporadas podem ter vilões tão poderosos e fluídos a ponto de nos fazer sentir raiva e curiosidade ao mesmo tempo. Aos poucos vamos sendo envolvidos pelos embates, e vemos o quanto a magia de Vixen e Constantine podem cooperar com o ceticismo que existe em Star City, mostrando que o Arrowverse ainda tem muito potencial a explorar e que a nova temporada da série tem um grande fardo na forma da expectativa de superação.

 

https://www.youtube.com/watch?v=UsWVS8WM3-E

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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