Crítica | Transformers: O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts)

Nota
4.5

Servindo como uma continuação do reboot feito em 2018, o novo filme da franquia Transformers precede os cinco filmes anteriores e se passa em 1994, um ano após os eventos de Bumblebee. Dirigido por Steven Caple Jr., vemos algumas diferenças de tons em relação à direção de Michael Bay, que fez muita gente se cansar da franquia Transformers, o que traz um direcionamento que agrada muito em Despertas das Feras ao adaptar, após mais de 15 anos de cinema, os Maximals, nos introduzindo a seu líder, Optimus Primal, o segundo personagem mais importante da franquia, atrás apenas de Optimus Prime. Visivelmente temos um filme com menos polimento em CGI do que os dirigidos por Bay, lebrando que esse é o segundo filme que se passa nos anos 90, ou seja, há um design pensado em meios de transporte não tão tecnologicos assim. Acompanhamos ainda o mundo nos primórdios através dos Maximals, uma referência à clássica a animação Beast Machines lançada nos anos 90.

Anthony Ramos estrela o filme, ao lado de Dominic Fishback e o carismático Ron Perlman (Optimus Primal), quem aparece como o líder dos Terrorcons, Scourge, é Peter Dinklage, um capacho do grande vilão dos quadrinhos Unicron, que curiosamente foi criado pela Marvel Comics e vendido para a Hasbro. Ao longo do filme temos referências às sagas Indiana Jones e A Lenda do Tesouro Perdido, o MacGuffin do filme, assim como em toda a franquia, é uma chave, uma tecnologia que não poderia ser diferente, quem espera algo diferente saiba que não vai encontrar, mas sim excelentes cenas de ação bem filmadas e drama em certo ponto.

Dá para ver como Antony Ramos é um ator em ascensão, ele entrega cenas no mínimo interessantes, é carismático em certos momentos, mas deixa no ar uma duvida sobre retorno de bilheteria, e o possível fracasso considerando a quantidade de lançamentos no verão norte americano e a forte concorrência de Aranhaverso, The Flash e Missão Impossível 7, que atingem o mesmo público. O desenvolvimento aconteceu muito bem, estabelecendo seus objetivos na narrativa, quando chegamos num ato final, temos uma batalha gigantesca, uma junção de Autobots e Maximals contra os Terrorcons, simplesmente incrível, e uma referência claríssima ao Homem de Ferro.

Bumblebee possui um menor destaque no filme, dando espaço para o Autobot Mirage, dublado por Pete Davidson, carregar a história, o longa apresenta ainda uma diferença na personalidade de Optimus, que o deixa “não amando tantos os humanos assim”, papel que coube a Optimus Primal. Para quem gosta de um filme pipoca e diversão, vai ter exatamente isso em Despertar das Feras, mesmo para quem não é fã, ele vai te entreter com a família. O filme possui uma cena pós créditos, resta saber como serão os próximos passos da franquia.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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