Crítica | Os Vingadores – The Avengers (Marvel’s The Avengers)

Nota
5

“Porque se não pudermos defender a Terra, com certeza vamos vinga-las”

Em um centro de pesquisa isolado da S.H.I.E.L.D., o Tesseract, uma fonte de energia de potencial desconhecido, atinge seu ápice e abre um portal através do espaço, do qual o exilado deus nórdico Loki (Tom Hiddlenson) ressurge. Utilizando os poderes do seu cajado, o deus da trapaça passa a controlar a mente de vários funcionários da agência, os utilizando para escapar do centro carregando cubo cósmico.

Em resposta ao ataque, Nick Furry (Samuel L. Jackson) decide reativar a Iniciativa Vingadores, um projeto secreto que reúne os heróis mais poderosos da Terra. Mandando seus agentes ao redor do globo, o diretor da S.H.I.E.L.D. precisa acalmar os ânimos exaltados e mostrar a gravidade da situação para os convocados, mas, com personalidades tão marcantes, os conflitos internos se tornam insustentáveis.

Enquanto Loki espera que seu plano esteja completo para que seu exército de Chitauris (criaturas de outra galáxia que concordaram em ajudar o deus da trapaça em sua batalha em troca do Tesseract) chegue a Terra, Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro precisam aprender a deixar seus egos de lado e unirem suas forças contra a maior ameaça que o planeta já viu.

Criar muitas expectativas sobre algo nunca é bom, principalmente quando tal produto vem ganhando nossa atenção e sendo cozinhado por 5 longos anos. Desde o seu primeiro passo, o Universo Cinematográfico Marvel vinha construindo seu cenário, adicionando novas peças e moldando o que tinha sido contado para unir a todos em um grande evento. Fomos apresentados ao universo, nos encontramos com seus personagens e finalmente estávamos preparados… ou ao menos achávamos que estávamos.

Quando o nome de Joss Whedon foi anunciado para a direção do maior evento do estúdio, rapidamente despertou desconfiança e ceticismo nos fãs ácidos dos heróis. Como alguém com pouca experiência no cinema poderia dar conta de algo tão grandioso e esperado? Como ele conseguiria reunir as diferentes personalidades que acompanhamos durante esses últimos anos em uma trama coesa e poderosa? Seria ele capaz de suprir nossas expectativas ou teríamos outra bomba em mãos?

Dirigido e roteirizado por um amante de quadrinhos, Vingadores se mostraria muito melhor do que imaginávamos. O longa conseguia juntar todos os diferentes aspectos dos filmes solos dos heróis, trazendo algo novo e muito superior ao que nos foi mostrado. Criando um novo parâmetro, que muito em breve ficaria conhecido como “fórmula Marvel”, o longa consegue dosar bem seus múltiplos tons, trazendo uma abordagem para os filmes do gênero que revolucionária o jeito de se fazer filmes.

O roteiro, cheio de ironias e piadas sobre o próprios filmes, traz escolhas certeiras que vão crescendo durante a trama. O longa parte do principio que todo seu público já conhece seus personagens e acompanhou sua trajetória até aqui, e que se não acompanharam, devem fazer urgentemente. Então, o texto centrasse no evento que impulsiona a reunião do grupo e sobre suas conflituosas dinâmicas como equipe. É como ver os quadrinhos ganharem vida diante de nossos olhos, com todas suas cores, interações e takes que nos fazem vibrar a cada minuto de filme.

A trilha sonora de Alan Silvestri nos conduz com maestria, transitando pelas diferentes fases do filme e se tornando um marco no mundo dos heróis. Todos os heróis são bem trabalhados, ganham seu espaço e garantindo nossa atenção. Óbvio que alguns mais que outros, mas isso não diminui em nada seu peso durante o longa.

Tony (Robert Downey Jr.) e Steve (Chris Evans) tem alguns dos melhores embates do filme. Com personalidades opostas, os personagens travam sua própria batalha de egos alfinetando-se constantemente. Bruce Banner (Mark Ruffalo) tem aspectos mais parecidos com o do gênio bilionário, mesmo tentando a todo custo se manter neutro e não despertar o gigante esmeralda. Thor (Chris Hemsworth) se mostra mais maduro depois do seu filme solo, mas desperta algumas das melhores cenas cômicas do longa. Seu orgulho aqui é melhor explorado, trazendo alguém que aprendeu com seus erros e esta disposto a conserta-los.

Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) consegue nos prender em tela quase como se nos hipnotizasse. Suas cenas são impecáveis, mostrando todo o potencial que a personagem guarda dentro de si. Scarlett consegue transpor todos os traços da personagem e nos ganha facilmente com seu carisma, demostrando que seria um erro subestimá-la. Clint Barton (Jeremy Renner) ganha aqui um destaque maior, se mostrando vingativo e letal enquanto tenta cobrar a dívida que o vilão tem com ele. O Agente Coulson (Clark Gregg) é nossa representação dentro do filme. O agente se mostra um nerd incurável que esta conhecendo seus maiores ídolos, além de servir como alicerce para a união dos heróis… de uma maneira extremamente poderosa e impecável.

Tom Hiddleston consegue construir um Loki sem igual. Se em Thor ele já roubava a cena, aqui ele tem nossa total atenção. O vilão da trama tem discursos poderosos, e um carisma sem igual, trazendo uma liberdade maior para seu cerne. Aqui, ele coloca em prática seus planos, nos conquistando aos poucos e se tornando um dos melhores vilões da Marvel. Hiddleston acertou em cheio no tom do personagem e se tornou um dos favoritos entre os fãs.

Vingadores nos entrega tudo que há de melhor nos Estúdios Marvel, trazendo algo que não só supre nossas expectativas como as levanta até a estratosfera. Com planos abertos e destaques primorosos, o longa nos convida a participar da batalha e entender ainda mais seus heróis, ganhando não só o nosso carinho mas também o nosso respeito no processo. Uma baita realização que entraria para a história do cinema.

“Havia uma ideia, Stark sabe disso… chamada Iniciativa Vingadores. A ideia era reunir um grupo de pessoas extraordinárias… Ver se elas podiam ser algo mais. Ver se elas podiam trabalhar juntas para lutar as batalhas que não conseguíssemos.”

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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