Crítica | Encantada (Enchanted)

Nota
4

No reino de Andalasia, Giselle (Amy Adams) vive cantarolando e levando bondade para as pessoas que vivem ali. Após ser expulsa pela Bruxa Malvada (Susan Sarandon), Giselle vai parar na cidade de Nova York onde descobre que nem todos acreditam em finais felizes. Felizmente seu príncipe encantado, o Edward (James Marsden), parte a sua busca, porém Giselle conhece o advogado Robert Phillip (Patrick Dempsey) cujo seu trabalho é o inverso de “Felizes para sempre”; afinal, ele é responsável por colocar um fim nos casamentos infelizes.

Giselle acredita em todos os seus sonhos e que tudo é possível,mas o importante é não deixar de acreditar. Atitudes fantasiosas que levam a mesma a conversar com animais, seu jeito doce e sua voz melosa sempre com tom de felicidade. Seus sentimentos são sempre bons, pois ela é uma donzela, a mesma não conhece sentimentos ruins e não sabe quando seu coração deseja o mal ou está triste. O Príncipe Edward é bravio, corajoso e belo. Dentro do próprio conto de fadas tudo se remete à filosofia, onde Platão diz que o que é belo, formoso e sensível e outras qualidades é o mal feito e guarda em si todos os defeitos possíveis.

A rainha Narissa é uma mulher bela e charmosa que governa com soberania. No entanto, ela resolve fazer algumas maldades para impedir o romance de Giselle e Edward. O mordomo Nathaniel (Timothy Spall) tenta ajudar a Rainha a se livrar  da Giselle, porém ele percebe que essas maldades podem prejudicar algumas pessoas e até ele próprio, pois sabe que a rainha não irá cumprir com sua promessa de amá-lo.

A protagonista desse longa é uma mistura de Branca de neve, Aurora, Cinderela e um pouco de Ariel, e é trazendo fortes referências que o filme se mostra um projeto rico com um roteiro recheado de coisas magnificas do mundo da Disney. A ideia de se remeter ao conto de fadas tradicional é o que causa o toque de magia e encanto durante todo o projeto. As músicas interpretadas possuem fortes conexões com as cenas, e isso causa um maior enriquecimento no longa e faz jus ao nome, pois encanta os expectadores e os mantém atentos do início ao fim.

Tudo se inicia com um desenho em 2d, onde a princesa sonha com seu príncipe encantado. O longa transita desde animações até imagens filmadas por câmeras profissionais, o que ocorre em um reflexo da realidade. A fotografia do longa transita numa era medieval dentro da cidade moderna em Nova York, onde os figurinos levam toda a magia para a trama e faz com que a mágica possa acontecer de verdade.

Finais felizes e sonhos são possíveis se você acreditar, o longa propõe um jogo entre dois mundos, entre a animação e o que é real e prova que o amor e finais felizes podem, sim, ser reais dentre muitos acontecimentos. O beijo de amor verdadeiro pode curar, motivar e dar coragem para enfrentar diversos desafios propostos pela vida e as pessoas, o beijo de amor verdadeiro é prova de que a magia pode mudar os cenários em que estamos e transformar as coisas, afastar a tristeza e apenas o amor para provar que podemos terminar de uma forma feliz.

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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