Crítica | A Barraca do Beijo (The Kissing Booth)

Nota
4

“Regra número 9 – Parentes do seu melhor amigos estão totalmente proibidos”

Elle Evans poderia ser como qualquer garota do colegial, mas sua vida tem uma particularidade: Lee. Dois jovens que nasceram no mesmo dia e na mesma maternidade, cujas mães tem mais de 20 anos de amizade, e que acabaram por crescer juntos e construir uma das mais rígidas amizades que existe, e numa amizade rígida tem que ter regras, o problema é saber ate onde a amizade pode aguentar e até onde uma lista de regras criadas por duas crianças aos seis anos de idade pode ser perigoso.

Para a tristeza de Elle, Lee tem um irmão mais velho, Noah Flynn, o bonitão da escola e por quem ela tem uma queda a anos, mas o que fazer quando você está apaixonada pelo irmão do seu melhor amigo e há uma regra expressa condenando isso? O que fazer quando, numa barraca do beijo, o destino acaba cruzando os dois e um beijo por caridade acaba mudando a vida de ambos?

O romance que se tornou sucesso na Netflix é baseado em um livro homônimo da autora britânica Beth Reekles, que foi escrito quando ela tinha apenas 15 anos e lançado no Wattpad, já o longa de 105 minutos caiu nas mãos do diretor e roteirista Vince Marcelo, que fez fama com Teen Beach Movie, e traz o elenco composto por Jacob Elordi, Joel Courtney e Joey King. King vive Elle, a protagonista de nosso longa e que parece estar vivendo um período cheio de reviravoltas, ela se encaixa bem no papel da garota tímida que ascende rápido ao olhar geral quando uma saia acaba causando diversos problemas e mal estar, e logo assume o papel da mandona insegura que quer tomar controle de sua vida mas tem medo de passar os limites.

Já o papel de Courtney é Lee, o garoto desajeitado irmão do garanhão da escola e que é apaixonado pela gata da turma, e acaba não enxergando a verdade sobre tantas coisas que ele precisava ver para tornar sua vida melhor. No papel do garanhão Noah, temos Elordi, que consegue bem se demonstrar como porta retratos da masculinidade e logo depois mostrar ter coração, mostrando que quando sente essa queda por Elle, ele na verdade nem sabe como isso aconteceu e luta em parte contra. Lembrando que Joey e Jacob tem uma química intensa no filme, bem legal de se ver, que nos faz querer ver o que pode rolar na sequencia, já confirmada pela Netflix, uma química tão forte que transcendeu as telas e fez com que Joey e Jacob se tornassem namorados na vida real.

O longa é bem cativante e combina bem com a áurea pós dia dos namorados brasileiro, chegou e logo fez sucesso, apesar de, em certos pontos, sentirmos que a personalidade dos personagens se torna rasa e sem sentido, como o fato de Noah estar sempre brigando e do nada ficar curado e em certo momento retroceder drasticamente, cenas que causam um grande impacto mas que acabam não se encaixando bem no perfil proposto. Outro ponto bem interessante é a questão da homenagem: temos Don’t You (Forget About Me), do Simple Minds, sendo tocada no baile, o que remete imediatamente à trilha sonora de Clube dos Cinco, filme que é estrelado por Molly Ringwald, que em A Barraca do Beijo vive a mãe de Lee e Noah. No geral, recomendo muito que assistam ao longa.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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