Review | Pokémon [S5 – Master Quest]

Nota
4

“Estou em uma Master Quest e sei que vou ate o fim. Ser o melhor de Leste ou Oeste, só tenho que acreditar em mim”

Após conseguir sua quinta insígnia no Ginásio de Cinawood, Ash Kethum precisa esperar mais um pouco antes de desafiar Jasmine e seu Ampharos, na cidade de Olivine, onde se encontra o sexto ginásio da região, obrigando-o a pausar sua jornada pela Liga Johto. Visitando as Ilhas dos Redemoinhos, o grupo reencontra o Professor Elm, que lhe explica sobre a Copa Redemoinhos – uma competição mundial travada entre os melhores treinadores de pokémon aquáticos. Isso desperta o interesse de Misty que, junto com Ash, deseja participar e ganhar a competição.

O que eles não esperavam é que as Ilhas guardassem um mistério tão grande e fosse um lar de um ser lendário, tão poderoso e enigmático quanto uma verdadeira lenda pode ser. Depois de batalhas intensas, surpresas poderosas e uma momentos valorosos, o trio retorna para sua jornada principal, conquistando as três insígnias restantes e iniciando o arco final de sua aventura.

Com a Conferência de Prata tão próxima, Ash se prepara para o desafio da sua vida: Enfrentar Gary Carvalho e por em pratos limpos a rivalidade que sentem a anos. Mas, em meio a todas as batalhas, o grupo precisa confrontar inimigos poderosos que não estão para brincadeira. Seria Ash, Misty e Brock capazes de deter esses planos maléficos ou sucumbiram a tal tentativa?

Depois de uma longa caminhada, finalmente chegamos a parte final da jornada Johto e, diferente das temporadas anteriores, essa se mostra mais ágil e empolgante entregando momentos marcantes para a franquia Pokémon. Master Quest procura finalizar tudo que foi construído aqui, trazendo um final digno para as linhas narrativas levantadas nos quatro anos anteriores.

Baseada nos jogos Gold, Silver e Crystal, o arco final se preocupa muito mais em trazer toda a mitologia da região, entregando historias tão amadas com um cuidado impecável (apesar de alguns detalhes divergirem do que nos foi contado nos jogos originais) Não é a toa que o anime decidiu revelar o maior número de lendários aqui, criando novas camadas e introduzindo com cuidado suas histórias e dilemas a narrativa. Revisitamos nomes já conhecidos, como Lugia e Zapdos, além de termos a aparição real de outros, como Suicune, Entei e o próprio Ho-oh que trazem novas tonalidades a suas histórias.

É nessa ultima parte que somos apresentados a novos monstrinhos, que entram para despertar a curiosidade do que está por vir. Muito disso aparece devido à Harrison, um treinador da região de Hoenn que enfrenta Ash na Conferência de Prata com seu poderoso Blaziken. O engraçado Wynaut aparece em pequenos flashs, construindo passo a passo nossas suposições para a revelação final de sua forma, trazendo um bom tempero ao magníficos episódios do último estádio da região.

Além dessas agradáveis surpresas, o anime levanta temas interessantes que merecem ser discutidos. Seja pelos dilemas da não aceitação de uma determinada evolução, ou dos traumas latentes causados por um acontecimento brusco, tudo é calculado para trazer momentos poderosos a franquia. A jornada do jovem Lavitar, que acompanha o trio principal nos momentos finais, é um ótimo exemplo disso.

Raptado ainda no ovo, o bebê pokémon carrega traumas pesados que o impede de se relacionar bem com quem esteja a seu redor. Isso vai se tornando um problema crescente, até que, com a ajuda de do misterioso Unown, podemos entender seus sentimentos e cicatrizes em um dos momentos mais emocionante e da temporada. Outro momento magnífico é a aparição do Gyarados Vermelho, tão icônico nos jogos da franquia, que ganha o devido respeito na animação.

Mas, o maior acerto da temporada é o crescimento de seus personagens. Ash sempre foi impulsivo e passional, criando estratégias inesperadas em momentos oportunos, o que demonstra uma adaptação palpável a qualquer imprevisto. O garoto, sempre menosprezado por seu rival, ganha agora seu respeito ao demostrar o quão evoluiu em sua jornada. Ele e Gary servem como contraponto um do outro, acrescentando e aprendendo um com outro em uma das melhores rivalidades do anime. Demostrando, que com toda certeza, Ash não é o mesmo garoto imaturo que saiu de Pallet.

Gary, por outro lado, perdeu um pouco de sua soberba e se mostrou mais… humano. Ele ainda provoca seu rival, mas com o respeito e consideração de alguém que quer extrair o melhor de um amigo, deixando clara toda a evolução que ele demonstrou. Não é difícil gostar dele nessa parte final, tão diferente da temporada original, onde ele era apenas irritante e mal trabalhado. A batalha entre eles, desejada a inúmeras luas pelos fãs da franquia, é um dos momentos de maior emoção do anime. Ela é empolgante, vivida e cheia de nuances trazendo o melhor de pokémon em uma respeitosa finalização.

Mas, com toda certeza, o grande destaque da temporada se encontra em Misty. A treinadora de pokémon aquáticos passou muito tempo na sombra de seus companheiros, mas agora toma em mãos o seu destino e verdadeiramente brilha. Objetiva, determinada e cheia de confiança, a garota nem tem medo de querer mais e demostrar todo seu valor, em batalhas empolgantes e capturas magníficas, ganhando o merecido destaque que sempre lhe faltou. Ela tem seu próprio arco pra percorrer e vai com ele ate o fim, nos emocionando e encantando ao longo dos episódios.

A Equipe Rocket está passando por um verdadeiro sufoco. Após suas inúmeras falhas, o trio de vilões construiu uma divida milionária com a organização, levando a seu rebaixamento para recrutas. Perseguidos por um Delibird, os atrapalhados antagonistas precisam arranjar um jeito de quitar a dívida e voltar a entrar nas graças de Giovanni… antes que seja tarde demais.

A temporada nos apresenta outros personagens da equipe, mostrando que a organização é bem diferente do divertido trio. Cassidy e Butch reaparecem, mais perigosos do que nunca, trabalhando com a alta elite da organização e trazendo verdadeiras problemáticas aos protagonista.

Repleto de despedidas, momentos emocionante e uma mitologia magnífica, Master Quest da adeus a uma jornada longa que foi repleta de altos e baixos mas gratificante. Com uma sensação de finalização, nos prepararmos para o novo futuro sem jamais esquecermos o que passamos durante todo o caminho. Afinal, existe um mundo enorme para se descobrir e estamos apenas no início da verdadeira aventura.

“Eu nunca estou sozinho. Meus amigos sempre estão comigo.”

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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