Review | Pokémon [S1 – Indigo League]

Nota
5

“Pikachu, eu escolho você!”

Ash Ketchum da cidade de Pallet tem o sonho de se tornar o maior mestre Pokémon que já existiu. Na véspera do seu aniversario de 10 anos, o garoto não pode conter a emoção de iniciar sua jornada e capturar o máximo de monstrinhos disponíveis. Após dormir demais, o garoto perde a hora e chega atrasado ao laboratório do Professor Carvalho, onde receberia seu primeiro Pokémon.

Ao tentar escolher seu companheiro de jornada, Ash percebe que todos os Pokémon iniciais já foram retirados do laboratório. O único Pokémon restante é o Pikachu, um rato elétrico que não gosta nem um pouco de ser confinado em sua pokébola. Determinado a seguir sua jornada, Ash deixa sua cidade e tenta criar uma amizade com Pikachu, que não confia nem um pouco no garoto, enquanto enfrenta todos os problemas possíveis para um treinador iniciante.

Durante a jornada, o garoto e o Pokémon criaram um verdadeiro laço compreendendo sua conexão e se tornando companheiros inseparáveis. Ash descobre o desafio dos ginásios, uma jornada empolgante que testa todo os treinadores da região de Kanto enquanto os prepara para a Liga Pokémon, maior torneio da região. Com a ajuda de novos amigos e com uma determinação sem igual, o rapaz se prepara para o desafio enquanto vê seu caminho atrapalhado por uma organização maligna que quer seu Pokémon inicial para fins nefastos.

A franquia Pokémon (ou Pocket Monsters) já se mostrava um sucesso nos jogos. Tendo como premissa um mundo onde animais não existem, sendo trocados pelos monstrinhos de diferentes tipos que convivem em harmonia com a humanidade, e onde crianças podem partir em jornadas grandiosa e capturando e treinando os Pokémon existentes, a franquia logo cai no gosto do público não demorando muito para ter um anime baseado no enredo simplista dos games.

Eis que, no dia 1 de abril de 1997, surge a primeira temporada do anime que alavancaria, não só a animação japonesa como os jogos da franquia, a uma escala global, se tornando uma febre entre seu publico e um marco histórico na cultura pop. Com 83 episódios no total (sendo 3 deles banidos no Brasil), Pokémon: Liga Índigo marca o início da jornada de Ash enquanto percorre o mesmo caminho que o protagonista dos jogos.

A Região de Kanto é amplamente explorada, suas cidades, caminhos e treinadores são bem representados ganhando uma nova profundidade ao mesmo tempo que desperta a nostalgia dos amantes dos jogos. A constante piada com as Enfermeiras Joy e Policiais Jenny, sobre sempre terem a mesma fisionomia e serem todas parentes, somada com o bom jogo de cintura trazem ótimas referências a quem ficar atento a animação.

A dinâmica dos ginásios é algo memorável. Cada um trás um desafio diferente, com dinâmicas e regras peculiares que instigam nosso interesse e o desenvolvimento do protagonista. As 8 insígnias, que trazem um passe para a Liga Pokémon, se tornou o sonho de consumo de muitos jovens da época, se tornando um símbolo de seu valor e a prova de sua competência como treinador.

Ash é nosso avatar na franquia, é junto com ele que redescobrimos o universo Pokémon e suas múltiplas mecânicas. Não é de se assombrar que o rapaz pouco conheça sobre batalhas e tipagem, algo que vai melhorando com seu treinamento, assim como se deve capturar um Pokémon e o que não fazer em caso específicos. Ash aprende com seus acertos e cresce na narrativa, trazendo verdadeiros ensinamentos sobre amizade e amadurecimento ao longo de sua jornada.

Mesmo em seus fracassos, o garoto nos trás mensagens importantes e nos proporciona alguns dos momentos mais emocionantes da narrativa. Seja pela despedida de amigos, ou simplesmente entender que as vezes o melhor é abrir mão de quem amamos, Ash nos faz sentir empatia e nos ensina que o importante é cuidar das pessoas que amamos.
Misty e Brock (ambos lideres de ginásio nos jogos Red & Blue) ganham novas camadas. A primeira precisa se provar como treinadora Pokémon e sair da sombra das irmãs mais velhas. O segundo deseja ser o maior criador Pokémon e entender como ajudar cada um deles de forma particular.

Misty entra para a equipe após ter sua bicicleta destruída por Ash, perseguindo o garoto e exigindo um reembolso, mas cria um verdadeiro laço com ele e se tornar uma excelente companheira. Sempre servindo de balança aos exageros dos rapazes. Brock é atencioso e responsável, mas se mostra um mulherengo incurável que não pode ver um rabo de saia. Mesmo pagando caro com isso, ele se mostra sábio nos momentos necessários trazendo as informações que o público (e Ash) precisam.

Mas o que seria da franquia sem seus vilões? A Equipe Rocket inicia a saga como tenebrosos malfeitores, com ar mais sério de alguém disposto a tudo para cumprir seus objetivos… apenas para perderem essa camada e se tornarem alívio cômico ao longo da narrativa. Mas engana-se quem acha que isso os torna menos interessantes. Jessie, James e Meowth roubam cada uma das cenas em que aparecem, a ponto de contarmos os minutos para suas aparições e, quando finalmente ganham o contorno de seus passados, os personagens se tornam ainda mais memoráveis.

Quando anunciada sua versão em anime, a Pokémon Company necessitava de um mascote fofo, agradável e marcante. Em primeiro momento pensaram no Clefairy para companheiro do protagonista, um monstrinho adorável do tipo normal que encantaria os fãs mas não teria tanta força na franquia. Mas eis que surge o roedor elétrico mais amado de todos os tempos, Pikachu! O ratinho elétrico é carismático, genioso e extremamente fofo se tornando um ótimo companheiro e virando uma febre nos amantes da franquia. É impossível não associar Pokémon a Pikachu, tanto que o mesmo se tornou o símbolo da empresa e uma marca registrada que lucra ate hoje com bonecos, filmes e jogos derivados. Tudo com o Pikachu vende.

Aproveitando seu universo e nos apresentando bem os seus monstrinhos (ou quase todos os 151 da geração inicial), Pokémon: Liga Índigo deu um pontapé inicial colossal marcando a franquia como.uma das mais lucrativas e reconhecidas do planeta. Mesmo que você não goste do anime, é impossível não enxergar a importância dele para a cultura pop, trazendo uma nova leva de fãs que tem como único desejo sair em uma jornada como a de Ash e capturar o máximo de monstrinhos que conseguir. Afinal, temos que pega-los.

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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