Review | Orphan Black [Season 1]

Nota
5

Sarah Manning acaba de voltar para sua cidade, buscando recuperar sua filha, mas algo inusitado acontece, ela dá de cara com uma desconhecida se suicidando, o problema é que essa desconhecida parece ser sua irmã gêmea , e é assim que Sarah, uma órfã britânica com um histórico de delitos criminais, resolve assumir a identidade de Elizabeth Childs, uma bem sucedida detetive que, aparentemente, tem uma vida ideal, um namorado dos sonhos e é a chance de Sarah reconstruir sua vida.

O problema é que Sarah acaba por descobrir que a vida de Beth não é o mar de rosas que ela imaginou, a detetive está passando por uma investigação da corregedoria e ela, assim como Sarah, é na verdade fruto de uma experiencia que criou uma série de clones por algum motivo desconhecido, e cabe a ela se unir a Alison Hendrix e Cosima Niehaus, outras duas clones, para descobrir quem é a pessoa que matou Katja Obinger, uma outra clone, que esteve matando os clones que viviam na Europa e agora chegou aos Estados Unidos, tudo isso junto com a ajuda de Felix Dawkins, seu irmão adotivo, enquanto tenta proteger Kira, sua filha de 7 anos, e fugir de Victor, um traficante que é seu ex-namorado.

Criada por Graeme Manson e John Fawcett, a série canadense de ficção científica e suspense, que estreou em 30 de março de 2013, nos surpreende pela forma como Tatiana Maslany consegue assumir inúmeras identidades e sub-identidades de uma forma tão fluída, mesmo que o show seja centrado em Sarah, ele explora as múltiplas identidades ao nos fazer ver a Sarah, a Sarah fingindo ser a Beth, a Alison, a Alison fingindo ser a Sarah, a Sarah fingindo ser a Alison, a Cosima, e varias outras variações de identidade, todas elas sendo claramente diferentes e claramente únicas, nos fazendo ver Maslany vivendo mais que 10 personalidade em apenas 10 episódios de, em média, 45 minutos. Um trabalho maravilhoso, que garantiu de cara os prêmios de melhor atriz para Tatiana no Critics’ Choice Television Award, Television Critics Association Awards e Young Hollywood Awards, e conquistou de cara qualquer pessoa que se dê a chance de assistir a essa série.

Mas não é só da atriz que a série se faz, a complexidade da investigação sobre as origens dos clones é outro fator importante, que nos amarra quando estamos na busca de entender quem está os matando e por que e na busca por entender quem os criou e por que, algo que fica ainda mais intenso quando se descobre que quem criou e quem está matando são duas organizações diferentes, e quando somos introduzidos ao conceito dos monitores, tudo fica ainda mais intenso, quem é o monitor de cada clone? Quem é a pessoa que entrou na vida de cada uma delas a trabalho e está a traindo esse tempo todo? Qual o objetivo de todo o monitoramento? Qual a finalidade dessa criação de clones? E, principalmente, por que Sarah é a unica clone que conseguiu ter um filho?

Fica claro a cada episodio a forma como a produção quer levantar a debate questões polêmicas como o aprimoramento humano e as implicações morais e éticas da clonagem humana, que efeito há na identidade do clone ao saber que não é o original e que não teve a opção de escolher existir dessa forma? Será que mudar a composição humana é algo certo? É isso que Orphan Black faz, ele nos leva a criar um milhão de perguntas em nossas mentes para que possamos refletir sobre tantas questões ao mesmo tempo que buscamos entender a culpa de cada pessoa que está envolvida nesse processo, ao mesmo tempo que faz querer saber a verdade por trás de cada acontecimento e de cada consequência, e que nos faz duvidar de quem é realmente confiável e quem é um vilão ou um mocinho.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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