Review | Loki [Season 1]

Nota
4

“Em nome da Autoridade de Variância Temporal, você está preso por crimes contra a Linha do Tempo Sagrada.”

Depois dos eventos de Vingadores: UltimatoLoki acabou pondo as mãos no Tesseract e fugindo de ser preso, o que acabou alterando a linha do tempo como ela deveria ser e colocando em risco seu curso. Para combater esse desastre, os agentes da Autoridade de Variância Temporal (AVT) são enviados para capturar esse Loki Variante e restaurar a ‘Linha do Tempo Sagrada‘, levando-o imediatamente para a sede da AVT onde ele será julgado e condenado por seus crimes de interferir no curso da realidade, e onde ele acaba descobrindo muito sobre os segredos que existem além da realidade conhecida até então.

Desde a morte de Loki em Guerra Infinita, todos estavam numa grande expectativa sobre o momento em que veríamos o Deus da Trapaça ser ‘ressuscitado’ e voltar a integrar o UCM, mas os planos da Disney e da Marvel eram completamente fora do imaginado, e tudo se concretizou através da série criada por Michael Waldron, que parece nos mostrar toda a loucura e piadas que tanto fizeram sucesso em Rick and Morty. A introdução da AVT ao UCM parece mudar o ponto de vista de tudo que vimos até agora, minimizando as Joias do Infinito a um patamar ínfimo frente a grandiosidade que aparece à nossa frente, explorando a diversidade das linhas do tempo e até brincando com as possibilidades dos eventos chaves que prestigiamos nesses anos de filmes. Cheio de referencias e homenagens aos filmes e quadrinhos da Marvel Studios Marvel Comics, a série do Disney+ vai além do que já conhecíamos enquanto explora um mundo comandado pelos Guardiões do Tempo e nos apresenta personagens cheio de potencial para os vindouras produções da Fase 4.

Não há o que duvidar do trabalho de Tom Hiddleston, ele se consagrou no papel de Loki e ganha muito mais a evoluir no momento em que ganha uma série própria. O roteiro começa meio lento e deixa algumas explicações oportunas demais para os eventos sem sentido do UCM, mas é inteligente o suficiente para criar uma evolução rápida para o Loki de Vingadores chegar ao ponto do, tão amado, Loki de Guerra Infinita, o que o deixa no ponto ideal para evoluir ainda mais no momento em que precisa entender o desafio que a AVT enfrenta e se aliar a Mobius M. Mobius, o ponta pé inicial que dá total liberdade para Hiddleston dar um show. O papel de Mobius fica nas mãos do, cheio de potencial, Owen Wilson, que ao lado de Tom consegue carregar todas as sequencias de comédia da produção, equilibrando perfeitamente a atmosfera do enredo cataclísmico enquanto caçamos o Loki Vilão e expandimos as possibilidades do UCM. Apresentada já em “The Variant” (episódio 2), Sylvie chega cheia de camadas para nos entreter, ela é uma variante de Loki que foi capturada ainda criança, cresceu nesse mundo de caos e acabou sendo considerada uma vilã, mas a personagem que surge da fusão de  Sylvie Lushton e Lady Loki vai muito além do esperado. Assim como aconteceu com o Loki de Hiddleston, a personagem de Sophia Di Martino é construída de uma forma completamente única, o que parece potencializar sua personalidade e nos cativar mais facilmente. Sylvie tem uma história de fundo encantadora, tem motivações sublimes e rapidamente assume o posto de melhor personagem do show, superando até o desempenho do Loki original.

A trama aproveita sua base de uma forma fluida, nos levando pelo tempo e o espaço enquanto nos apresenta eventos do passado e do futuro, se deslocando através das eras, dando pequenos acenos aos ‘apocalipses’ que destruíram civilizações no passado (inclusive o Ragnarok de Thor: Ragnarok) e nos apresentando elementos que podem não ter sua devida importância no desenrolar da série, mas que podem ser um pequeno gancho para futuros eventos das produções Marvel. Se WandaVision nos apresentou poder no momento que Wanda assume o manto da Feiticeira Escarlate e The Falcon and the Winter Soldier nos apresentou renovação no momento que Sam assumiu o manto de Capitão América, em Loki somos apresentados ao conceitos de realidade e, principalmente, ao surgimento de um novo antagonista que deve colocar em perigo a vida de todos os sobreviventes do Titã Louco que quase desestruturou permanentemente o universo. Se o vindouro What If…? promete nos mostrar as realidades alternativas do Multiverso da Marvel, é em Loki que vemos esse Multiverso ser embasado, transformado e materializado.

“Eu adoro isso. Adoro… Essa honestidade. Parece um novo começo.”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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