Crítica | Thor: Ragnarok

Nota
4

Dois anos após Era de Ultron, Thor (Chris Hemsworth) é banido para o planeta Sakaar, de onde terá que fugir se quiser deter os planos da terrível Hela (Cate Blanchett) e salvar Asgard, seu povo, e os outros reinos. Sua jornada o leva ao encontro do gigante esmeralda Hulk (Mark Ruffalo), da perigosa Valkyrie (Tessa Thompson), e do peculiar Grandmaster (Jeff Goldblum).

 Personagens recorrentes no universo estabelecido para o Thor como o Loki (Tom Hiddleston), Heimdall (Idris Elba), e Odin (Anthony Hopikins) também estão de volta. O filme é dirigido por Taika Waititi.

O diretor Taika Waititi nos apresenta um material que destoa em vários pontos do que estávamos acostumados a ver referente ao Thor no cinema, se nos filmes anteriores a trama não se decidia entre ser leve ou sombria, uma fantasia ou comédia, Thor Ragnarok abraça a comédia e leva ela muito além do esperado. Diálogos divertidos, que em alguns momentos chegam a criar recortes dentro do filme, marcam bem a presença do diretor, já conhecido por um tipo de comédia que te dá tempo do espectador sentir a piada e te surpreende com absurdos.

Essa dinâmica apesar de envolvente em primeiro momento, acaba sendo uma armadilha de roteiro, pois muitas das cenas se resolvem da mesma forma, tirando um pouco do sabor de imprevisibilidade, tão importante numa comédia. Um dos filmes mais coloridos que vi esse ano, competindo com igualdade com Guardiões da Galáxia 2.

O design da armadura do Thor, a Roupa mais simples do Loki, o Hulk gladiador, cada referência visual se encaixa bem, dentro da estética do longa, até mesmo a Hela com seu elmo de vários chifres fica crível. Planos fechados nos diálogos e cenas de ação que mostram bem as habilidades de cada personagem, competem o tempo inteiro dentro da narrativa.

Finalmente temos um Thor que não é eclipsado pelo Loki, o tom de Ragnarok fez muito bem a Cris Hemsworth, a dinâmica Thor/Loki, Thor/Hulk, Thor/Banner é divertidíssima. Talvez incomode parte dos fãs o fato do filme resolver muito rápido detalhes importantes para o personagem, como a ausência da Jane Foster, ou a questão das joias do infinito, por exemplo.  

Convenhamos que a Marvel não tem como ponto forte construir vilões. Felizmente em Thor Ragnarok temos um ponto fora da curva, Cate Blanchet entrega a melhor vilã do universo cinematográfico da Marvel até agora, ela mata, assusta, diverte e encanta a cada segundo de tela, é perceptível o quanto a atriz está confortável na personagem, protagonizando cenas que vão do riso ao medo em poucos segundos.

Outro novo personagem que aproveita muito bem seu tempo de tela é o Grandmaster, ficando a cada segundo mais interessante. A participação do Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) é um bom curta dentro do filme, mostrando o quanto o Stephen Strange evoluiu desde os acontecimentos de seu longa, e o potencial desse personagem dentro dos Vingadores.

Mas como nem tudo é glória na vida do deus do trovão, o longa peca em alguns detalhes, parte dos efeitos visais deixam muito a desejar, há momentos em que incomodam bastante os efeitos usados na Hela, além do 3D ser completamente dispensável. Thor Ragnarok é um filme para amar ou odiar, mas se você estiver disposto a abrir seu coração e ter momentos muito divertidos, corra para o cinema mais próximo.

 

Estudante de Museologia na UFPE, Cavaleiro Jedi, viciado em cinema, HQs, e coleções. Já gastou mais tempo de vida vendo séries que dormindo.

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