Review | Game of Thrones [Season 6]

Nota
4

Game of Thrones é o programa inspirado na aclamada série de livros As Crônicas de Gelo e Fogo ou The Song of Ice and Fire, escrita por George R. R. Martin. A série carrega o nome do primeiro livro da série, gira em torno do Trono de Ferro, em Westeros,  e conta com uma trama de intrigas e conflitos em busca daquele que irá se sentar no trono e governar os 7 reinos, ou conseguir a liberdade de sua influência.

Após uma temporada que divergiu opiniões entre os fãs, com enormes diferenças do desenrolar do material original para as telas, temos a primeira temporada que segue um caminho independente, o que pode ser positivo para seu desenvolvimento ou extremamente arriscado. Conta, ao menos, com um dos mais épicos episódios dentre todos até então.

A temporada começa exatamente após o fim da quinta, com Jon Snow (Kit Harington) morto e toda a divisão n’A Muralha, tendo Melissandre (Carice van Houten) um momento de questionamento com sua fé, Sor Davos (Liam Cunningham) e Tormund (Kristofer Hivju) protegendo o corpo de Jon, junto a outros membros do Povo Livre, daqueles que o mataram. Enquanto isso Sansa (Sophie Turner), Brienne (Gwendoline Christie) e Pod (Daniel Portman) chegam até a Muralha em busca de ajuda após a fuga de Sansa de Winterfell, que é controlada por Ramsey Bolton (Iwan Rheon), graças a ajuda de Theon (Alfie Allen).

Em Porto Real, temos o regresso de Jaime que foi até Dorne em uma tentativa fracassada de resgatar sua filha bastarda Myrcella (Nell Tiger Free), porém a jovem foi morta envenenada. Cersei (Lena Headey) aguarda ansiosamente por eles e assim que vê Jaime sozinho entende a situação. Enquanto isso, Margaery (Natalie Dormer) continua presa no Septo de Baelor e arma uma forma de sair de lá, envolvendo Tommen (Dean-Charles Chapman) e a Fé Militante do Alto Pardal (Jonathan Pryce). No núcleo de Dorne, traições e uma aliança regida por ódio aos Lannisters começa a se formar.

Em Braavos, vemos Arya (Maisie Williams) cega e pedindo esmolas por punição, após contrariar suas ordens na Casa do Preto e Branco. Ela precisa aprender a ser Ninguém, porém a Garota ainda é Arya Stark, de Winterfell. Já em Meereen, temos Tyrion (Peter Dinklage) no comando da cidade durante a ausência de Daenerys (Emilia Clarke), que montou em Drogon para fugir da arena e ainda se encontra desaparecida sendo procurada por Jorah (Iain Glen) e Daario (Michiel Huisman).

Por fim, finalmente vemos o reaparecimento de Bran (Isaac Hempstead Wright) treinando na caverna do Corvo de Três Olhos (Max von Sydow) e começamos a conhecer mais do passado de Westeros, graças a habilidade de “visitação” que o Corvo ensina a Bran. Muitos segredos são revelados e novas dúvidas implantadas, como a origem dos White Walkers e a mãe de Jon Snow. O núcleo de Bran, por mais que sempre menosprezado, acaba por ser aquele que se mostrará um dos mais importantes.

Essa temporada possui alguns erros de continuidade marcantes, além de falhas em sua construção, porém a falta de um material-base pode ser uma justificativa plausível. A qualidade técnica se mantém inegavelmente, além das atuações fantásticas, porém as pequenas falhas de roteiro e furos acabam por dar a sensação de roteiristas perdidos.

Com isso, as cortinas para os movimentos finais do Jogo dos Tronos se abrem, com todos as peças se encaminhando finalmente para o mesmo lado do campo, levando tudo o que tem e todo seu poder de fogo.

Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.

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