Review | Game of Thrones [Season 5]

Nota
4

Game of Thrones é o programa inspirado na aclamada série de livros As Crônicas de Gelo e Fogo ou The Song of Ice and Fire, escrita por George R. R. Martin. A série carrega o nome do primeiro livro da série, gira em torno do Trono de Ferro, em Westeros,  e conta com uma trama de intrigas e conflitos em busca daquele que irá se sentar no trono e governar os 7 reinos, ou conseguir a liberdade de sua influência.

A quinta temporada da série é a última que possui alguma relação com os livros. Mesmo se distanciando mais ainda do conteúdo original e causando uma irritação nos fãs mais ferrenhos da obra, esta temporada ainda assim recebeu críticas satisfatórias e se mostrou como sendo uma temporada importante para definir os últimos anos da série.

A temporada se inicia dando foco em um flashback de Cersei (Lena Headey) indo visitar uma vidente que lhe conta a respeito do seu futuro, o que causa estranheza à jovem Lannister. Já no presente da série, acontece o velório de Tywin Lannister (Charles Dance), morto na latrina, no final da temporada passada, por seu filho Tyrion (Peter Dinklage), que acabou tendo que fugir com a ajuda de Varys (Conleth Hill) e foi em busca de Daenerys (Emilia Clark) em Essos. Ainda em Porto Real, temos o novo casal real composto pelo inocente Tommen (Dean-Charles Chapman), totalmente encantado e manipulável, e sua rainha Margaery (Natalie Dormer). Enquanto isso, Jaime (Nicolaj Coster-Waldau) se prepara para resgatar Myrcella (Nell Tiger Free) em Dorne.

Justamente em Essos, enquanto Tyrion segue seu longo caminho, encontrando figuras pouco prováveis, como, por exemplo, Jorah Mormont (Iain Glen), temos Dany tendo que lidar com o peso das ações daqueles que ela libertou e os custos para manter seu poder em Meereen, porém a Mãe dos Dragões parece ter dificuldades com seu senso de justiça, recebendo conselhos de Sor Barristan Selmy (Ian McElhinney) para não se deixar levar pelo poder e sucumbir a loucura, como ocorreu com o Rei Louco, pai de Dany.

Já em Braavos, vemos Arya (Maisie Williams) tentando adentrar na Casa do Preto e Branco, lar dos Homens sem Rosto, seguidores do Deus de Muitas Faces. Um treinamento árduo a espera, caso consiga adentrar por suas portas e conhecer os segredos guardados por aqueles que dizem ser Ninguém. Enquanto isso, sua irmã Sansa (Sophie Turner) viaja com Petyr Baelish (Aidan Gillen), o Mindinho, em direção ao Norte, tendo como única informação uma proposta de casamento, acreditando ser então para Petyr. O Norte então sendo território dos Bolton já não é a casa dos Lobos Gigantes, podendo ser um dos piores movimentos a se fazer no grande jogo dos tronos.

Na Muralha, Stannis (Stephen Dillane) faz uma proposta irresistível a Jon (Kit Harignton) em troca de sua lealdade e do exército dos ditos Selvagens, porém o intendente da Patrulha da Noite tem outros planos motivados pelo seu senso de honra aprendido com seu pai. Após isso, Jon enfrenta a eleição para o novo Lorde Comandante da Patrulha sendo elevado a competição por um discurso caloroso de Sam (John Bradley). Stannis parte em seguida em direção a Winterfell sem o apoio de Jon e seus companheiros.

A quinta temporada realmente já mostra caminhos diferentes dos apresentados no livro, porém é finalizada de forma idêntica, o que torna o final realmente surpreendente e fazendo com que um fio de esperança dos fãs de teorias se perca no horizonte. É a temporada-chave que define o final épico que a série precisa.

 

Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.

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