Review | Game of Thrones [Season 3]

Nota
5

Game of Thrones é o programa inspirado na aclamada série de livros As Crônicas de Gelo e Fogo ou The Song of Ice and Fire, escrita por George R. R. Martin. A série carrega o nome do primeiro livro da série, gira em torno do Trono de Ferro, em Westeros,  e conta com uma trama de intrigas e conflitos em busca daquele que irá se sentar no trono e governar os 7 reinos, ou conseguir a liberdade de sua influência.

A terceira temporada começa logo após  o encontro de Sam (John Bradley) com os White Walkers e seu exército de mortos, tendo o homem da Patrulha da Noite voltando para a Fortaleza de Craster (Robert Pugh), onde o resto da Patrulha se encontra. Sam passa a desenvolver um importante papel nesta temporada após a partida de Jon Snow (Kit Harrington), tornando-se a visão do que acontece em Castelo Negro e servindo como fonte de informações riquíssimas ao público. Quanto a Jon, agora cumprindo a promessa feita na temporada passada, ele segue com Ygritte (Rose Leslie) e outros membros do Povo Livre em direção a Muralha, sob ordens do Rei-para-lá-da-Muralha Mance Rayder (Ciarán Hinds), com o objetivo de fazer com que todos confiem nele. Nesta empreitada, também acompanhamos o desenrolar de um dos relacionamentos mais marcantes da série.

Indo em direção a Porto Real, temos as consequências da Batalha da Água Negra, e Tyrion (Peter Dinklage) é o mais afetado fisicamente e emocionalmente. O Anão tenta conquistar seus direitos como único herdeiro disponível da família Lannister, porém seu pai, o Tywin (Charles Dance) possui outros planos, que acabam por não agradar nem o mais novo dos irmãos Lannisters, nem Sansa Stark (Sophie Turner).

É em Porto Real que temos a presença de Margaery Tyrell (Natalie Dormer), rainha viúva do auto-proclamado rei Renly Baratheon (Gethin Anthony), morto na temporada passada pelos poderes de Melissandre (Carice van Houten), que chega com a proposta de ser a nova esposa de Joffrey (Jack Gleeson), algo que não agrada a mãe do rei e Rainha Regente Cersei Lannister (Lena Headey).

Nas Terras da Tempestade, domínios de Stannis Baratheon (Stephen Dillane), vemos como se encontra a situação do exército do rei após a derrota nas Águas Negras e os planos de Melissandre, que envolve ir em busca de Gendry (Joe Dempsie), bastardo de Robert Baratheon (Mark Addy) e companheiro de viagem de Arya Stark (Maisie Williams) em sua jornada em busca de sua família remanescente. Na direção que Catelyn (Michelle Fairley) e Robb Stark (Richard Madden) se encontram, o que os aguarda é somente derrota e desavenças, coisas que, somadas a uma quebra de promessa na temporada passada, pode vir a custar muito no futuro próximo.

Nessa temporada ainda somos apresentados a família Bolton em duas frentes: a primeira na figura de Ramsay Snow (Iwan Rheon), bastardo do lorde Roose Bolton (Michael McElhatton), que mantém Theon Greyjoy (Alfie Allen) em cativeiro. Na segunda frente, temos a captura de Brienne (Gwendoline Christie) e Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) por mercenários sob o comando do lorde Bolton.

Em Astapor, temos Dany (Emilia Clarke) chegando a cidade em busca do seu exército de Imaculados, soldados criados desde a tenra infância para o combate e que nada além disso conhecem. Nessa temporada, temos ao lado de Dany a presença de Jorah Mormont (Iain Glen), que a acompanha desde a primeira temporada e nutre uma paixão por sua khaleesi, e a inesperada adição de Sor Barristan Selmy (Ian McElhinney), antigo Lorde Comandante da Guarda Real, que surge jurando sua espada à Targaryen, que prontamente aceita. Ainda temos a adição de Missandei (Nathalie Emmanuel), a jovem que serve de tradutora, amiga e confidente da Mãe dos Dragões.

Game of Thrones continua surpreendendo a todos a cada temporada, apresentando tramas eletrizantes e personagens cativantes, que parecem assumir o protagonismo até os coadjuvantes. GoT não é uma série passageira, ela assume os riscos que precisa para manter a qualidade, mesmo que cometendo alguns deslizes durante o caminho, porém sem se comprometer ao final de cada episódio.

Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.

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