Review | Final Space [Season 1]

Nota
5

Em Final Space, acompanharemos o solitário astronauta Gary Goodspeed a bordo da nave espacial Galaxy One, que, na verdade, é uma prisão. Preso há quase 5 anos, ele vive com um robô bastante idiota (o alívio cômico da série), o KVN, e uma inteligência artificial chama de H.U.E (podemos dizer que é uma referência a H.A.L, de 2001: Uma Odisseia no Espaço?). Mas tudo muda quando ele encontra um estranho ser chamado Mooncake. O único problema é: essa criatura está sendo perseguida por caçadores de recompensas a mando do Lord Commander. Em paralelo a esta história, a Quinn, o motivo de Gary estar preso, inicia sua investigação contra uma anomalia gravitacional. O que nós não imaginávamos é que tanto o Gary como a Quinn e o Mooncake têm um inimigo em comum, e isso gerará uma história cheia de reviravoltas, disputas espaciais e muitas referências aos clássicos da ficção científica.

Criado por Olan Rogers e David Sacks, Final Space é uma série indispensável para quem curte Rick and Morty ou os Simpsons. Isso porque ela não dispensa um humor ácido, palavrões ou resumos escrachados (não pulem o resumo do episódio anterior, isso é uma ordem). Porém, se você é uma pessoa um pouco sensível ou uma criança, talvez não seja uma boa animação para você.

Com 10 episódios durando cerca de 20 minutos, o Gary vai fazer você dar boas risadas. Ele é o típico personagem vaidoso que mostra conhecimentos que na verdade não tem, e isso é o que o torna tão carismático. Ao longo da série, mais personagens vão sendo introduzidos, como, por exemplo, o Avogato, um dos caçadores de recompensa, que está em busca de seu filho capturado, garantindo que outras tramas se encaixem na história principal. A Quinn é outro personagem que não podemos deixar de falar: uma mulher forte, justa e que não precisa de homem para ajudá-la em sua investigação, fugindo, assim, do estereótipo padrão dado às mulheres. O H.U.E é um destaque à parte, principalmente porque não o vemos, só o ouvimos, além de ser uma máquina com um ótimo humor.

Mesmo fazendo uso de um design voltado aos desenhos infantis, Final Space não tem nada de infantil; tem sangue, desmembramentos, palavrões e algumas cenas violentas. Não se engane. Além disso, tem aqueles “clichês espaciais” presentes em muitos filmes/séries do gênero, mas isso não diminui a qualidade da animação. E, como bônus, ainda tem tudo o que um fã de sci-fi gosta: viagem no tempo, outras dimensões, o possível fim do universo e muitas referências.

 

https://www.youtube.com/watch?v=CL7094DNlmo

Universitário, revisor. E fotógrafo nas horas vagas.

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