Review | Apartment 23 [Season 1]

Nota
4

“Veio pelo anuncio de colega de quarto? Não confie na vadia do Apartamento 23”

June Colburn estava tendo a realização dos seus sonhos, ela se mudou Manhattan após ser contratado por uma poderosa firma de hipotecas de Wall Street e ganhou um apartamento maravilhoso no processo, mas nesse mesmo dia ela chega ao fundo do poço quando percebe que a empresa está passando por uma investigação policial e acaba de ser fechada, o que a faz ser jogada na rua. Na busca por se reerguer, June procura um anuncio de vaga para colega de quarto, é onde ela encontra Chloe, uma jovem imoral e sem noção que parece ser a colega de quarto perfeita mas está apenas dando um golpe na busca por pagar seu aluguel, é só depois disso que June descobre que está morando com a Vadia do Apartamento 23.

Inicialmente os planos de Chloe são conseguir uma colega de quarto por mês, para pagar seu aluguel, e logo depois fazer essa inquilina ter a pior semana de sua vida, para fazê-la se mudar, mas com June a estratégia não funciona, June é durona e não tem nada a perder e, quando percebe o jogo de Chloe, resolve se vingar na mesma moeda vendendo suas coisas para Robin (uma das antigas colegas de quarto de Chloe e que tem uma obsessão por ela), e é basicamente após essa troca de farpas que começa a surgir uma bela amizade entre as duas.

A série criada por Nahnatchka Khan, que originalmente se chamava “You Can’t Trust the Bitch in Apartment 23”, era planejada para uma das séries do outono de 2009 da Fox, mas acabou sendo engavetada até 2011, quando a ABC  pegou o projeto e abreviou o nome comercial para “Apartment 23”, lançando a série em 11 de abril de 2012. A abertura ainda manteve o seu nome original, censurando apenas o “Bitch” e usando “B—-“, o que fez com a série no Brasil, ao ser exibida pelo canal Fox, recebesse o nome comercial de “Apartamento 23” e em sua abertura aparecesse o nome “Não Confie na P— do Apartamento 23”, fora o fato de que eles fizeram a belíssima metalinguagem ao usar o nome da série como uma das falas de Robin no primeiro episodio.

Aos poucos vamos sendo conquistados pelo jeito louco e sem limites que Krysten Ritter consegue imprimir na Chloe, fazendo com que amemos a Vadia do Apartamento 23, e o constaste dela com a June, de Dreama Walker, torna tudo ainda mais mágico, vemos o jeito certinho de June bater de frente com as loucuras e irresponsabilidades de Chloe, e tudo isso melhora ainda mais a série.

A série ainda se supera ao não depositar todas as suas fichas nas protagonistas, o elenco de apoio torna toda a dinâmica ainda melhor. Temos James Van Der Beek interpretando ele mesmo, ao ser um ex-namorado de Chloe e seu grande amigo e confidente, ele vive na busca por engatar novamente na carreira de ator e tendo que se contentar com comerciais e participações ao mesmo tempo que precisa lidar com o peso constante de seu papel de destaque, como protagonista de Dawson’s Creek; Liza Lapira vive a psicopata Robin, a colega de quarto número quatro de Chloe e que é fascinada por ela, mesmo tendo levado um golpe, o que a fez se mudar para o apartamento 21 e viver torcendo para Chloe lhe dar uma chance de ser novamente sua colega de quarto.

O elenco ainda possui a presença, menos constante, de Eric Andre como Mark, o homem que seria o mentor de June antes da empresa falir e acaba se tornando o gerente de uma cafeteria e contratando June como sua funcionaria, Michael Blaiklock como Eli, o vizinho de janela de Chloe que vive a observar sua vida e suas aventuras sexuais, além de nos surpreender com suas empreitadas profissionais; e Ray Ford como Luther, o assistente pessoal gay de James, que tem uma paixão reprimida pelo ator e odeia a Chloe.

No final dos, rápidos, 11 episódios de 20 minutos de Apartment 23, vemos o quão significante foi a construção da relação entre os personagens, e desejamos ver ainda mais dessa trama numa segunda temporada, que foi logo confirmada, e ficamos na esperança do que a comédia poderia reservar a seguir, depois de sua épica finalização da primeira temporada em estilo de quadrinhos.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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