Resenha | Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra

Nota
5

“Quando uma Semente da Guerra nasce, a destruição é inevitável. Cada uma delas foi catalisadora de todos os grandes conflitos do mundo dos homens. Com a vinda da lua nova, os poderes de Alia atingirão o ápice, e a guerra chegará. […] A menos que morra antes – completou o Oráculo.”

Diana é a filha da Rainha Hipólita, e carrega sobre seus ombros uma maldita origem. Sua mãe, na ansia por ter uma filha, moldou um bebê no barro e pediu aos deuses que lhe dessem vida, foi assim que nasceu Diana, a Princesa das Amazonas, vinda do barro, a unica a nascer em Temiscira, a mais fraca das amazonas, condenada a sempre ser desprezada por não ter nascido do sangue e renascido pelas deusas.

A garota cresceu com o desejo de se provar entre suas irmãs guerreiras, e o dia finalmente chegou, depois de anos de treino, Diana pode finalmente provar que é a melhor e ganhar a corrida das amazonas, ganhando glória, o orgulho da mãe, o respeito das outras, e podendo mostrar a Tec que é a melhor, mas algo muda tudo: Alia Keralis.

“Suas irmãs eram guerreiras experientes, forjadas a ferro pelo sofrimento e talhadas à perfeição ao passar da vida à imortalidade. Todas haviam conquistado seu lugar em Temiscira. Exceto Diana, nascida do solo da ilha e do desejo de Hipólita por uma filha, moldada no barro pelas mãos de sua mãe.”

Alia sobrevive a um naufrágio nas fronteiras da ilha, e Diana resolve responder a seu instinto heroico e abandonar sua chance de glória para salvar a simples mortal, mas isso é terrível, pois para isso a princesa precisa quebrar uma lei das amazonas ao trazer para a ilha uma mortal. Como se isso não bastasse, Alia não é uma garota comum, ela é uma semente da guerra, descendente da infame Helena de Troia, destinada a trazer uma era de derramamento de sangue e miséria.

Agora está nas mãos de Diana a missão de salvar o mundo, ela precisa levar Alia até a nascente que corre no local onde Helena está sepultada, e caso não consiga isso antes do Hecatombion, uma guerra capaz de iniciar o fim do mundo irá se iniciar, e devido a esse instinto, Diana foge escondida da ilha e precisa dar seu primeiro passo como a maior heroína que o mundo já conheceu.

“Por que estar tão perto de alguém fazia seu coração acelerar? Seria apenas por que ele era um macho? É novidade, disse a si mesma. Ou talvez fosse por que naquela postura ereta, a mão agarrada à dele, os corpos separados por um suspiro, tudo era muito similar ao instante que antecedia um abraço ou uma luta. Por que os dois não podiam simplesmente lutar? Teria sido mais fácil. E ela teria ganhado.”

E é nessa missão que Diana acaba conhecendo Jason Keralis, o irmão mais velho de Alia, um garoto que acabou de atingir a maior idade e que parece querer carregar o Instituto Keralis, uma das empresas cientificas mais importantes e ricas do mundo, nas costas a todo jeito. Ele e Alia são os herdeiros da presidência, mas precisam mostrar seu valor, e como herdeiro que são, são alvo de interesseiros e atentados, o que tornou Jason um homem controlador, que limita a vida da irmã, mas mesmo assim Diana vê algo mais embaixo de todo essa casca dura, pena que Diana não vê toda a verdade que o garoto esconde.

A equipe da missão se completa com duas adições: Nim e Theo. Theo é o melhor amigo de Jason, filho do tutor dos Keralis, que criou os dois herdeiros quando o pai deles morreram em um acidente de carro (que pode ter sido causado pela maldição de Alia), Theo é um rebelde, o oposto do amigo, totalmente extrovertido, brincalhão, um crianção, uma decepção para o pai, viciado em games, mas com uma mente genial, ele é um hacker incrível, capaz de tudo com um computador (ou um celular) nas mãos.

“- A Nim faz jóias – explicou Alia. Nim largou as mãos de Diana.
– Não diga que eu faço jóias. Fica parecendo que eu monto biju de miçangas para vender na praia. Eu faço arte.”

Já Nim é a melhor amiga de Alia, ela é uma indiana lésbica que logo pira ao ver a garota deslumbrante de 1,80 que Alia trouxe de seu passeio a Turquia ou quando Diana tira a roupa para nadar e descansar no meio da viagem. Nim tem o dom da moda, ela consegue fazer com compras online um show em vestidos sem precisar provar, ela rapidamente monta um visual em sua cabeça e compra pela internet todas as peças necessárias para que no fim do dia, qualquer uma possa estar deslumbrante. E, claro, é uma ótima lutadora e vai ajudar muito a equipe.

O livro é o ponta pé inicial da saga Lendas da DC, que trará 4 autores contando em 4 livros sobre 4 lendas dos quadrinhos da DC. Leigh Bardugo começou de forma ótima a quadrilogia, contando de forma espetacular a primeira missão que Diana teve no nosso mundo, com cenas incríveis, um romance sublime, recheado de ação e piadas, personagens cativantes, um vilão revoltante, aparição de deuses e tudo que temos direito de ver numa ficção que faça jus à mulher maravilha.

O livro parece ter encontrado seu lar na Editora Arqueiro, chego a dizer que a obra se encaixa graciosamente no catalogo da editora, transmitindo a essência que tanto amamos ver nos livros do selo. E continuo a dizer, já estou contando os minutos para ler o próximo livro da saga: Batman, por Marie Lu.

“- o bem, o mal – disse Nim, escancarando um sorriso determinado. […]
– E o escambau – responderam as três, juntas.”

 

Ficha Técnica
 

Livro 1 – Lendas da DC

Nome: Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra

Autor: Leigh Bardugo

Editora: Arqueiro

Skoob

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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