Crítica | Shazam!

Nota
5

“Diga meu nome e meu poder será seu:
Sabedoria de Salomão
Força de Hércules
Resistência de Atlas
Poder de Zeus
Coragem de Aquiles
Velocidade de Mercúrio”

Num parque de diversões, próximo ao natal, uma jovem mãe está tentando conseguir um brinquedo para o filho estourando bolas com os dardos. O jovem Billy Batson (David Kohlsmith) quer muito o tigre de pelúcia , mas sua mãe consegue apenas uma bússola. Ao andar no meio da multidão, o prêmio conseguido cai das mãos da criança, que prontamente se solta de sua mãe em busca do seu pequeno tesouro, perdendo-se no meio da multidão.

Anos depois, Billy (Asher Angel), agora com quase 15 anos, vive fugindo de orfanatos e cometendo pequenos crimes na sua busca incessante por sua mãe. Transferido para um novo lar, o garoto se depara com Freddy Freeman (Jack Dylan Grazer), um garoto estranho e aficionado por super-heróis, Mary Bromfield (Grace Fulton), a irmã mais velha que está prestes a entrar na faculdade, Eugene Choi (Ian Chen), um garotinho asiático viciado em jogos, Pedro Peña (Jovan Armand), o mais calado e antissocial de todos, e, por fim, a doce Darla Dudley (Faithe Herman), que ama dar abraços e não consegue se manter calada.

Em 1974, o jovem Thaddeus Sivana estava indo para a casa de seu avô, quando um misterioso acontecimento o leva para a caverna do mago, onde os sete pecados capitais estão aprisionados. O misterioso homem oferece um poder ilimitado ao jovem Thad, com a condição de que ele mostrasse ter o coração puro. Rejeitado, tanto pelo mago quanto pelo próprio pai, o garoto então começa a buscar vingança. Anos depois, ele descobre como voltar a caverna e rouba o poder que foi ofertado pelos pecados, pondo o mago em desespero. Pouco depois do trágico acontecimento, Billy entra numa briga para defender Freddy de dois valentões; fugindo deles, acaba entrando num metrô que o leva até a imponente caverna. Lá, o mago conta a história de como o poder já foi dado a um herói, o escolhido, que por abusar do que lhe foi dado, acabou criando os pecados e matando muitas pessoas. O jovem avisa que não é digno do poder, já que não tem coração puro, mas ele é a única opção. Num último ato, o mago passa seus poderes para o garoto e morre logo em seguida, seria Billy capaz de controlar seus poderes e salvar o mundo da ameaça do Dr. Sivana (Mark Strong)? Shazam! é a nova aposta da Warner Bros para o DCU, teria o Longa o poder de se igualar a outros grandes sucessos como Mulher-Maravilha e Aquaman?

Asher nos apresenta um delinquente juvenil, cheio de traumas e problemas, disposto a fazer tudo para procurar sua mãe perdida, mas, ainda assim, com um senso de justiça muito forte, capaz de proteger aqueles que ama de todas as formas. Zachary conseguiu com maestria mostrar uma criança num corpo de adulto tentando descobrir todos os seus poderes e como controlá-los. Jack conseguiu roubar a cena em alguns momentos, mostrando o garoto estranho que, acima de tudo, gosta da companhia de Billy. Outro ponto positivo é que a relação dos dois é muito bem trabalhada durante a trama. Mark nos mostra aquele vilão que esperamos, traumatizado por eventos de seu passado, disposto a fazer tudo por vingança e garantir que ninguém fique em sua frente para conquistar o poder. Faithe foi a grande surpresa, pois em todas as cenas em que aparece a menina rouba a cena, mais um exemplo de excelente atriz mirim que com certeza vai ser aproveitada pela indústria cinematográfica.

O filme apresenta um enredo bem trabalhado e sem furos aparentes, mostrando o bom trabalho da equipe com a obra. Com efeitos especiais precisos e bem feitos e uma trilha sonora pontual e empolgante, o longa sai engrandecido nos momentos necessários e empolgante no âmbito geral. Também apresenta uma homenagem ao clássico Quero ser grande, que serviu como fonte para o clima leve e descontraído. O filme mescla momentos sombrios, quando necessário, com um humor pontual e realmente engraçado, trazendo um balanceamento leve e encantador. Ainda sabe rir de si mesmo e do universo na qual está inserido, sem esquecer seu passado e convidando o público a participar da brincadeira. Shazam! é a prova de que mais uma vez a Warner conseguiu mostrar a fórmula do sucesso, com muito bom humor o menino-herói consegue cativar o espectador e nos ensina grandes lições sobre responsabilidade, amizade e o real significado de família.

“Mais uma vez, diga meu nome e meu poder será seu
SHAZAM!”

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *