Crítica | Sem Limites (Limitless)

Nota
3

Eddie Morra é um escritor fracassado que vive um bloqueio criativo a anos, mas tudo muda quando seu amigo, Vern, o convence a experimentar um novo remédio, que pode o ajudar nesse problema, Eddie então toma uma droga que libera 100% de sua capacidade cerebral, o que muda totalmente a sua vida. Ele passa a acessar memorias residuais que ele nem sabia que existia, passa a conseguir compreender as pessoas e se torna capaz de fazer uma dissertação de direito em 45 minutos e fazer sexo logo depois, Eddie se torna um perfeccionista incurável, um bem sucedido escritor, ele se torna sem limites.

Eddie então percebe o quanto o remédio é poderoso e pode ajudar sua vida, mas para isso ele precisa tomar um deles por dia, um remédio que custa 800 dólares por comprimido, ele então passa a mudar o seu estilo de vida para ser capaz de tornar a melhor versão de si mesmo, a versão que desperta quando ele toma o remédio. Mas o Super-Eddie não tem como passar despercebido, quando ele vira o rei de Wall Street e chama a atenção do mega empresário Carl Van Loon, seu mundo começa a virar de cabeça para baixo mais uma vez.

A produção de Neil Burger explora a fundo a teoria do uso de 10% do cérebro e mergulha num tecno-thriller que começa cheio de potencial e se perde em suas entrelinhas, a droga que Eddie usa o faz se tornar o melhor de si mesmo, se tornar imbatível, mas aos poucos a forma como outros usuários da droga vão surgindo, torna os ‘poderes’ de Eddie banalizados pouco a pouco, depois o longa brinca com os efeitos colaterais e os perigos do uso dessa droga desconhecida, mas seu potencial se torna cada vez menos explorados, focando mais a trama no que o Eddie faz e nos fazendo perder o senso de quando ele está sob efeito do medicamento e quando não.

A atuação de Bradley Cooper como Eddie deixa muito a desejar, ele tinha todo um potencial e teve tanto tempo de tela, mas não conseguiu despontar, apesar da premissa do longa ser seu grande chamariz, o mesmo pode ser visto com Robert De Niro, interpretando Carl, que mostra cenas preguiçosamente mal construídas, dando vontade de pular as cenas. Mesmo com a forma como vemos Eddie subjugar Carl, que é de longe a melhor cena do longa, a dinâmica entre Bradley e De Niro não agrada, a desenvoltura de Bradley deixa a desejar, e os outros atores são totalmente esquecíveis.

Já no quesito efeitos, a produção dá um show ao conseguir nos ajudar discernir, inicialmente, bem a vida de Eddie, ver a vida do fracassado Eddie com tons frios e azulados é um pleno contraste com as cenas em cores quentes e amareladas do Super-Eddie, mas ela exagera no momento em que vemos as cenas aceleradas, se torna agoniante e confuso, e logo depois perdemos a noção dos efeitos. Fraco e de roteiro confuso, o longa tinha tudo para ser um show a parte, mas se torna um potencial extremamente inexplorado.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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