Crítica | Rompendo Barreiras: Nosso Planeta (Breaking Boundaries: The Science of Our Planet)

Nota
4.5

No colapso global em que estamos vivendo, a Netflix se mostra consciente das mudanças que a humanidade vem provocando no planeta. Sendo assim o documentário “Rompendo Barreiras: Nosso Planeta”, uma produção original Netflix, nos leva a repensar tudo aquilo que estamos fazendo com o lugar em que vivemos. Apresentado por David Attenborough (nome conhecido mundialmente de outras produções e já consolidado como um dos melhores apresentadores de documentários do mundo), o longa nos apresenta a pesquisa do cientista sueco Johan Rockström, que analisa os impactos da ação antropológica na alteração do equilíbrio climático e apresenta soluções a curto e longo prazo para evitar o colapso total do planeta em que vivemos.

O documentário de Jon Clay inicia apresentando um histórico das mudanças climáticas desde a origem do homem, mostrando que no início a terra era um local difícil, cuja temperatura oscilava muito e não propiciava a vida sedentária. Tudo mudou quando houve uma estabilidade no período que conhecemos como Holoceno, durante os seus 10 mil anos de duração tudo no planeta se estabilizou, o que proporcionou a alteração no estilo de vida humano, pudemos desenvolver a agricultura, a domesticação de animais entre outros. Tudo mudou quando ocorreu a revolução industrial, os níveis de emissão de CO2 subiram a níveis drásticos que só agora estão gerando impactos.

Dito isto somos apresentados a diferentes barreiras que colaboram com essa destruição e como estamos em relação a elas, as nove barreiras são: a camada de ozônio, a acidificação dos oceanos, a disponibilidade de água doce, a poluição da atmosfera, lixo e poluentes, o clima, a cobertura florestal, a biodiversidade e nutrientes (ciclos de nitrogênio e fósforo). Dentre elas, em apenas duas ainda não é possível determinar até que ponto o planeta aguenta, poluição da atmosfera e lixo, das sete mensuráveis estamos no verde em três: acidificação dos oceanos, disponibilidade de água doce e camada de ozônio, nas quatro restantes estamos no vermelho.

O documentário também apresenta relatos de cientistas renomados e é triste ver a dor deles enquanto falam da devastação de seus materiais de estudo. Por fim somos apresentados a soluções de curto e longo prazo para evitar o colapso total do mundo que conhecemos, soluções estas que precisam ser executadas por todos os setores da sociedade para que surta efeito e possamos voltar ao estado de estabilidade que nossas vidas dependem.

 

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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