Crítica | O Diário da Princesa (The Princess Diaries)

Nota
4

Mia (Anne Hathaway) é uma garota de 15 anos que vive com sua mãe (Caroline Goodall) em Manhattan e descobre que seu pai é o Príncipe de Genovia, um pequeno país europeu. Ela recebe então a visita de sua avó recém-descoberta (Julie Andrews), que passa a lhe dar aulas de etiqueta, ensinando-a como uma princesa deve se comportar. Nas proximidades de seu aniversário de 16 anos., ela precisa decidir se vai se tornar princesa da cidade de Genovia ou se vai continuar morando com sua mãe. Não sendo uma garota tão popular na escola, Mia passa por alguns problemas com colegas de sua turma e também com as aulas de Educação Física. Após jornalistas descobrirem sua real identidade, os alunos de sua escola tentam tirar algum tipo de proveito para ter um momento de fama.

A história do longa de fato é um conto de fadas que toda garota de 15 anos sonha em ter. Ser princesa é algo encantador aos olhos de pessoas que não têm deveres reais para cumprir. Durante todo o processo de educação real da Mia, ela se vê pressionada e com dificuldades de cumprir todos os deveres em tão pouco tempo para assumir um cargo de tamanha responsabilidade. Por isso, o apoio de sua mãe é algo de extrema importância no momento de decisões, onde a personagem passa por um momento de descoberta consigo mesma, em relação a se impor em frente às pessoas e como se comportar em determinados lugares.

O filme proporciona uma fotografia encantadora e delicada, desde o uso dos figurinos até a combinação de luzes e toda sua suavidade. A difícil missão foi a mescla entre o anonimato de Mia com questões reais para solucionar, em nenhum momento a personagem deixa de ser encantadora e segue cumprindo seus deveres reais e sendo quem ela é de verdade, mostrando para todo o público que é possível ser uma adolescente simples, porém importante para Genovia.

A magia de Anne para sua personagem é incrível. Ela teve a grande missão de propor uma experiência de conto de fadas completamente diferente, onde seus sonhos são completamente o inverso. Mia transpira amor e companheirismo, além de ser uma personagem bem explorada durante o longa. É perceptível ver a existência de uma forte conexão da Atriz com a personagem, todo trabalho teve uma grande dedicação e com isso recebeu bons frutos. Por ser um trabalho inspirador as decisões precisam ser tomadas com base no apoio, Mia se vê apoiada por sua mãe e se dedica ao máximo para estar com sua vó e conhecê-la melhor, porém sente a necessidade de descobrir sobre seu pai e de se conectar com o mesmo de alguma forma.

 

A delicadeza das escolhas feitas por amor só trazem bons frutos a personagem. Mesmo com as dificuldades de uma adolescente comum, ela se esforçou para ser uma princesa de verdade, todas as suas decisões deixaram-na com a sensação de desistência e medo, porém foi com o apoio que ela se reergueu e pôs a coroa.

https://www.youtube.com/watch?v=6m9VRB_CLGk

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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