Crítica | O Diário da Princesa 2: Casamento Real (The Princess Diaries 2: Royal Engagement)

Nota
2

Depois de decidir se tornar uma princesa e mudado para o palácio real para morar com sua avó, Clarisse (Julie Andrews), Mia (Anne Hathaway) passa uma temporada de cinco anos na faculdade, então retorna a Genovia sabendo que não permanecerá como princesa por muito tempo e que precisará cumprir seus deveres reais. Após saber que terá que substituir sua avó no trono, Mia é surpreendida com a legislação Genoviana, que estabeleceu que as futuras rainhas só podem assumir o trono depois de se casarem.

Durante sua festa de 21 anos, Mia é apresentada aos pretendentes que querem sua mão em casamento, alguns ambiciosos de olho nas riquezas de Genovia e outros que não despertam a atenção e o amor da personagem. Clarisse foi uma mulher que seguiu com as tradições casando-se apenas para cumprir com suas obrigações e ao longo dos anos e foi descobrindo o amor que sentia pelo seu falecido marido. Mesmo com o avanço do tempo, essa tradição deveria ser cumprida, caso contrário Mia não seria a nova rainha de Genovia e perderia a coroa para o herdeiro mais próximo.

Com planos para seu casamento, Mia tem o grande desafio de driblar os encantos do Nicholas Devereaux (Chris Pine), que tenta seduzi-la para que possa se tornar rei mediante as ordens de seu tio, porém tudo muda quando Nicholas de fato se apaixona por Mia e precisa decidir entre ouvir seu tio ou deixar Mia seguir em frente com o casamento e governar Genovia de uma forma mais brava e honesta.

O diretor Garry Marshall não se esforçou muito para deixar o filme no mesmo nível do anterior. Além dele ser o mesmo diretor do original, ele continua com os mesmos ingredientes da comédia passada e acrescenta apenas mais humor, o que pode incomodar algumas pessoas é a quantidade de cores que os cenários possuem. Parece que o palácio e suas redondezas são posicionados dentro de um arco-íris, às vezes chega a ser simplesmente confuso a forma que essas cores podem funcionar juntas.

A fotografia foi algo que deixou a desejar, tons fortes foram utilizados para dar vida, porém fica claro que não funcionou tão bem como da primeira vez. Alguns figurinos também possuem cores exageradas como verde limão e um rosa extremamente forte, logo não temos uma conexão tão forte como no primeiro filme. Garry Marshall alimentou muito no início, não instigou os espectadores e deixou a desejar apenas como uma dose maior de humor, entretanto o longa possui um roteiro estimulante, motiva mulheres a tomarem decisões e se colocar na frente de homens com grandes poderes políticos e reais.

O longa muitas vezes deixa a desejar, Garry Marshall não instigou suficiente como no primeiro filme, diversas coisas abordadas no primeiro longa não foram continuadas no segundo, porém a mensagem política foi deixada. O longa motiva garotas a se posicionarem e dizer o que querem numa época onde isso ainda era/é difícil, muitas se espelharam na Mia e passaram a dar opções as suas vidas, para que assim possam tomar decisões difíceis sem colocar seu coração a risco de algo.

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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