Crítica | Megarrromântico (Isn’t It Romantic)

Nota
4

Natalie (Rebel Wilson) foi uma jovem garotinha que cresceu admirando e idealizando as comédias românticas, porém a jovem é totalmente desestimulada por sua mãe, por ser uma jovem gorda. Com seu crescimento, ela descreditou em todas as possibilidades do amor, fechando-se até mesmo para o amor próprio. Mesmo desmotivada com sua vida, Natalie se mantém firme no trabalho, porém não é nem um pouco confiante… o que acaba ocasionando diversos problemas na sua vida.

Após um trauma Natalie é transportada para uma Nova Iorque perfeita e romântica, o que foge totalmente do seu conceito de Comédias Românticas. Sem entender as grandes mudanças, ela se sente completamente perdida e. mesmo buscando auxílio, não compreende o que está acontecendo. Mesmo com tantas mudanças em sua vida, ela ainda precisa concluir o projeto do estacionamento do hotel de Blake (Liam Hemsworth), seu cliente que, por pura ironia, ela mantém algumas relações, mesmo ainda desacreditando no amor.

No entanto, seu colega de escritório Josh (Adam Devine), que sempre foi apaixonado por Natalie, é deixado completamente de lado e, neste novo mundo de comédia romântica, busca viver um novo amor com Isabella (Priyanka Chopra). Algo que acontece de forma rápida e isso faz com que Natalie chegue ao seu principal ponto de partida. A descoberta do amor próprio é algo que abre todas as portas possíveis, a personalidade e outras coisas passam por um processo de mudança drástica e a forma que nos olharmos no espelho faz com que possamos amar e admirar aquela imagem que estamos vendo por um bom tempo.

O fato de estarmos confiantes ou confortáveis com ambientes e vestimentas muitas vezes nos torna brilhantes, só quem sofre com baixa autoestima pode entender o que é viver preso em um mundo e se desencantar do amor de forma geral. Natalie se sentia presa no seu mundo, o mundo o qual não tinha espelhos ou roupas que mostrassem seu corpo e nem sua personalidade como mulher. A fotografia do longa é algo encantador, tons quentes utilizados ajudam a deixar Nova Iorque encantadora, o ambiente florido e as cores fortes é algo que mantém os olhos do espectador sob a tela. Os cenários, figurinos e coreografias também são coisas que ganham destaques; afinal, tudo foi bem trabalhado e bem escolhido para que o longa pudesse ser algo de qualidade.

O longa propõe diversão e empoderamento de uma forma constante, sabemos que isso não é uma coisa simples de se conseguir, porém algo que é possível. Amar-se é saber que nossos corpos não possuem limites para beleza e também que podemos ultrapassar todas as barreiras previstas com relação a nossa confiança. Natalie passa pelo processo de descoberta de uma forma bem-humorada, porém sabemos que na realidade essa coisa de comédia romântica só vai existir nos cinemas. Pintar nosso próprio mundo é algo que facilita em todo o processo de entendimento sobre o nosso corpo, nossas curvas e nossa própria alma.

Todo o processo de descoberta no longa é algo que motiva não só mulheres, mas também homens que se sentem inferiores. O longa tem uma linda proposta de encantar nossos mundos, fazendo-nos acreditar que a descoberta do amor é possível e que com isso podemos seguir felizes vivendo e nos amando constantemente.

https://www.youtube.com/watch?v=AKUs1UXgypE

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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