Crítica | Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Jumanji: Welcome to the Jungle)

Nota
3

Spencer (Alex Wolff) é o típico garoto desajustado que por uma desventura acaba indo parar na detenção junto ao seu melhor amigo na infância, Fridge (Ser’Darius Blain), hoje um jogador de futebol da escola precisando de boas notas para conseguir se manter do time, Bethany (Madison Iseman), a garota popular do colégio, e Martha (Morgan Turner), uma adolescente tão fora dos padrões quanto Spencer. Ao encontrar e tentar jogar um console antigo, os jovens são transportados para o mundo de Jumanji, ondem assumem os personagens Dr. Smolder Bravestone (Dwayne “The Rock” Johnson), Moose Finbar (Kevin Hart), Professor Shelly Oberon (Jack Black) e Ruby Houndhouse (Karen Gillian). Para conseguir voltar pra casa, os jovens terão que chegar a última fase do jogo. O filme dirigido por Jake Kasdan, tem ainda Nick Jonas, Bobby Cannavale, e Rhys Darby, no elenco.

A sequência do clássico das sessões da tarde, de quem cresceu nos anos 90, traz de volta o encontro do mundo de Jumanji e nossa realidade. Dessa vez a aventura se passa dentro do universo do jogo, e não com elementos do jogo causando destruição em nosso mundo, o que ajuda a apresentar melhor os novos personagens, mas perde a oportunidade de apelar ainda mais para o saudosismo. Algo muito inteligente foi fazer com que o jogo se adaptasse, agora Jumanji não é mais um boardgame, mas um cartucho (daqueles que funcionam melhor quando a gente sopra), facilitando o esclarecimento das regras do jogo para os novos espectadores.

Tanto o elenco adulto quanto o elenco adolescente funciona bem dentro do longa, The Rock mais uma vez compensa em carisma suas três únicas expressões faciais, e Jack Black rouba a atenção do espectador ao interpretar uma adolescente presa no corpo do Jack Black (imagine que pesadelo). A trama é extremamente simples e deixa a sensação de estar vendo um filme que você já viu algumas vezes. Os efeitos especiais são bem inconstantes, há momentos em que funcionam muito bem e outros em que dá pra sentir saudades do Playstation 2.

Infelizmente, Jumanji conta com um vilão sofrível, não que o caçador do primeiro filme fosse um personagem complexo, mas não estamos em 1995, e é natural que tenhamos sido condicionados a aceitar melhor vilões que tenham um proposito por trás de seus planos malignos e não sejam maus apenas pela maldade.

Mas apesar desses detalhes, o filme não deixa de ser divertido em outros pontos, as referências ao primeiro Jumanji são rápidas mas interessantes, além da adaptação respeitosa da dinâmica do jogo para os dias atuais, o que foi um dos pontos altos do longa, ao lado do ritmo em que as coisas acontecem dentro do cenário. Jumanji é como uma aventura de RPG simples para um grupo de jogadores iniciantes, não deixa de ser divertido, mas poderia ser menos previsível.

O filme chega aos cinemas brasileiros no dia 04 de janeiro.

 

Estudante de Museologia na UFPE, Cavaleiro Jedi, viciado em cinema, HQs, e coleções. Já gastou mais tempo de vida vendo séries que dormindo.

2 respostas

  1. Muito bons textos. Eu definitivamente aprecio este site. Continuem assim!

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