Crítica | Hellboy (2019)

Nota
2

Hellboy ficou conhecido primeiramente pelo trabalho do cartunista Mike Magnola, que não só criou o personagem principal como todo um universo com fortes inspirações sobre lendas sobrenaturais.Logo depois tivemos o primeiro filme, comandado por Guillermo Del Toro, um dos cineastas mais aclamados da atualidade, que enfrentou problemas na bilheteria, o que o impediu de concluir a trilogia.

Quase quinze anos após o lançamento da versão original, o retorno é anunciado através de um reboot, com direito a uma chuva de comentários negativos e que dividiu opiniões, e chegando a agradar alguns daqueles que são seguidores leais do longa de  2004, da história, dos quadrinhos, ou dos personagens. Mas por fim ficou perceptível que grande parte das expectativas foi destruída após os trintas minutos iniciais, trabalhando em cima de um humor barato ou sobre algo que não dever ser levado muito a sério, colocando o nome do Neil Marshall em risco para o seu histórico currículo de cineasta.

Inicialmente Hellboy (David Harbour), atendendo ao chamado de seu criador, professor Trevor Bruttenholm (Ian David McShane), da assistência aos agentes do BPDP, o que vai nos apresentando os poderes do personagem, como a visão aprimorada, super força, resistência, longevidade e a cura acelerada. Em contrapartida a aparência do personagem desagradou bastante, principalmente por dar um visual muito desgastado a seu rosto.

Já a vilã Nimue, de Milla Jovovich, é conhecida na trama como a rainha de sangue mas entrega uma atuação morna, se baseando demais no misticismo introduzido na história da personagem e sem dar tanto destaque à atriz, possivelmente uma consequência de possuir um elenco inteiro deixando a desejar no quesito atuação. A introdução dos efeitos gráficos trouxe uma luz no fim do túnel, ou um pequeno ponto positivo ao longa, pois ela nos impressiona ao expor bruxas, gigantes, vampiros, fadas e criaturas demoníacas na telona, um grande positivo para a produção, que acertou a mão no uso da computação gráfica do império da Rainha de Sangue.

Podemos concluir que o reboot teve em mãos uma grande chance, que foi desperdiçada, de fazer algo que chegasse ao nível do longa de Del Toro ou de tentar construir algo que se destacasse no universo do personagem mas, infelizmente, o longa foi tão mal sucedido que garantiu a, amarga, chuva de desaprovação da crítica internacional.

 

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