Crítica | Godzilla e Kong: O Novo Império (Godzilla x Kong: The New Empire)

Nota
5

MonsterVerse chega a um novo capítulo! Depois de terem se encontrado como inimigos em Godzilla vs. Kong, o poderoso Kong e o temível Godzilla precisam se unir para enfrentar uma colossal ameaça mortal escondida no mundo dos humanos, que além de ameaçar a existência da dupla também ameaça nossa espécie. Mergulhando profundamente nos mistérios da Ilha da Caveira e nas origens da Terra Oca, o filme explora a antiga batalha de Titãs que ajudou a forjar esses seres extraordinários e os ligou à humanidade para sempre. Dirigido novamente por Adam Wingard, a trama traz de volta personagens conhecidos além de introduzir novos personagens.

É sempre bom dar a um diretor a oportunidade de dar continuidade à sua linha de pensamento, é nitido de se enxergar as ideias de Adam Wingard florescerem em tela, dando mais tempo de tela aos monstros no filme, o que de fato fez muito bem, resolvendo um dos maiores problemas de Godzilla vs. Kong, focar excessivamente no entediante núcleo humano, que somos obrigados a suportar e engolir. Por outro lado, o núcleo humano desse filme funciona bem melhor, com piadas que estão um pouco melhores encaixadas. Rebecca HallKaylee Hottle voltam,respectivamente como Dra. Ilene Andrews e sua filha adotiva, Jia, esta última sendo agora uma  menina bem mais crescida, pois tivemos um salto de três anos. Jia é última sobrevivente da tribo Iwi e está tentando se acostumar a nossa civilização globalizada, sua relação com a Dra Andrews se mostra como o alicerce para o desenvolvimento da personagem no filme, e, para nossa sorte, ela se torna uma conexão direta para os monstros, que passam cerca de 75% do filme como foco, em especial Kong.

Ver um lindo vislumbre de Kong dentro da terra Oca, e acompanhar sua rotina com cada vez mais bichos estranhos desenvolvidos com visuais bem bonitos, mostra o quanto os efeitos visuais foram bem aplicados, por que sim, praticamente o filme inteiro é CGI. No momento que Kong precisa emergir a superfície para tratar de um problema dentário é onde conhecemos Trapper, novo personagem interpretado por Dan Stevens, que é um veterinário fora dos padrões que acaba sendo o responsável, entre os membros da equipe da Monarch, pelos cuidados médicos de Kong, ele é aquele famoso perfil do cara legal que todos querem ter como amigo. O enredo ainda trabalha, em paralelo com essa recuperação de Kong, o despertar de Godzilla, que começa uma jornada em busca de acumular radiação de lugares específicos da terra, destruindo outros Titãs, como se estivesse se preparando para algo grande que está prestes a surgir.

O filme expande bastante a mitologia para muito além do que já conheçamos, trazendo revelações sobre a Terra Oca, principalmente se tivermos em vista que apenas 5% foi mapeado pelos humanos, trazendo a tona novos primatas, novas civilizações, e uma das mais lindas fotografias possiveis usando a natureza naquele local. A jornada de Andrews, Jia e Trapper, além do retorno de Bernie (Brian Tyree Henry), que vem para viver uma nova aventura junto com Andrews e salvar novamente o mundo, atravessa vórtices e precisa ajudar os Titãs a impedir uma terceira guerra mundial ou uma nova era glacial de Titãs. Godzilla e Kong: O Novo Império é uma ação extremamente competente e, tendo em vista os destaques para os Titãs no filme, dá para sentir o que era exatamente que o diretor queria passar. Adam consegue dar um bom dinamismo nas lutas com monstros, primatas e tudo que tem direito. Esse não é um filme filosófico, é um filme pipoca divertido que te prende do início ao fim na cadeira, esperando o momento de assistir a uma excelente briga de monstros gigantes, literalmente um embate de Titãs por territórios, ou pela liberdade, como você preferir.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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