Crítica | Eu Sou Mais Eu

Nota
1

Camila Mendes  é uma popstar arrogante, que busca o sucesso a todo custo. Prestes a lançar uma nova música, ela é surpreendida em casa pela visita de sua fã número 1, que insiste em tirar uma selfie com ela. O que Camila não esperava era que tal situação a levasse de volta à adolescência, quando sofria bullying de praticamente todos no colégio. Seu único amigo é o Cabeça, que tenta ajudá-la a encontrar seu verdadeiro eu, já que só assim conseguirá voltar à sua realidade.

Nessa quinta feira (24) estreou nos cinemas o novo filme estrelado por Kéfera Buchmann. O longa trata a história de uma popstar no auge da sua carreira de cantora, que acaba voltando para o passado na época em que ainda vivia no colégio e sofria bullying. Claro que esse é o tipo de história que já assistimos no cinema milhares de vezes, com pessoas voltando ao passado para lembrar das origens, ou trocando de corpos com o melhor amigo para poder dar valor ao que tem… e tudo mais. Pelo menos aqui, o filme Eu Sou Mais Eu reconhece que tudo isso já foi mostrado no cinema várias vezes.

Infelizmente, tirando essa pequena sacada de relembrar ao público que já assistimos várias histórias assim no cinema diversas vezes, Eu Sou Mais Eu perde ótimas oportunidades de fazer boas críticas aos tempos atuais e se acomoda em ser apenas mais uma das mil comédias nacionais sem nenhuma real substância. Provavelmente, a melhor frase do filme é: “Amigos dançam ragatanga juntos“, e, acreditem, a frase acaba servindo quase como plot twist da história.

Além de serem vazias, as atuações de quase todo o elenco são estereotipadas da forma mais clara possível e, com isso, nenhum personagem ou atuação tem uma verdadeira camada.  Alguns dos atores sofrem mesmo até com a falta de uma boa dicção, o que ainda é mais prejudicado com o fraco processo na edição de som, que por muitas vezes deixa a trilha sonora tão alta, que não é simples entender claramente o que os atores estão tentando falar.

Infelizmente, o que poderia ser uma boa crítica para um problema que atinge muitos jovens nas escolas de todo o Brasil e do mundo, acaba se tornando apenas mais uma comédia entendiante que não consegue nem ser tão engraçada, e muito menos de valor.

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

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