Crítica | Escape Room

Nota
3

Escape Room é um jogo de sobrevivência mortal, e podemos ver isso desde que seu primeiro trailer foi divulgado na internet. Houve, inclusive, todo um comparativo enorme com a famosa franquia de terror Jogos Mortais, devido a proposta desse suspense tratar-se de uma espécie de jogo que vale a vida.

No início do filme, conhecemos um grupo formado por seis jovens – que mal sabem a enrascada em que estão prestes a se envolver – que ao receber uma caixa misteriosa que contém um passe que dá acesso a uma sala inicial. Eles mal sabem que antes de serem selecionados para concorrer à premiação, já tiveram seus passados estudados. Uma parte dos desafios interativos consiste em passar por situações extremamente pesadas, podendo resultar em uma tortura psicológica ou atingir até algum tipo de fobia como a claustrofobia, chegando até a morte, já que o intuito da jogatina é no final sobreviver apenas uma única pessoa. E como sempre tudo envolve no início um maldito telefone tocando, só para tornar tudo mais tenso e de certa forma tenebroso. Algo meio clichê que pode ser visto em alguns outros filmes, que não necessariamente estão ligados ao mesmo segmento.

No elenco, os que ganham mais destaque, não só em questão das atuações em si, foi a Deborah Ann Woll, que vive a Amanda, Logan Miller, que vive o Ben Miller, e a Taylor Russell, como Zoey Davis. E o que mais abrilhanta a importância desses personagens são as suas histórias de vida traumáticas, o que rende pequenos flashbacks durante a trama.

Uma das partes mais interessantes do filme, é que, ao passar por cada uma dessas salas, um jogador diferente passa a tomar a frente, protagonizando a cena e a câmera, que vai sendo direcionada mais a essa pessoa em determinado momento. Da metade para o final, há uma reviravolta no jogo, deixando a trama, de certa forma, mais interessante. Talvez um vilão protagonizando a frente do filme naquela pegada, lembrando o Jig Saw, de Jogos Mortais, fizesse uma diferença maior no enredo do filme. E essa ausência foi algo que ficou perceptível, mas, em compensação, a Sony Pictures consegue entregar algo mais próximo do real
usando o avanço tecnológico como sua maior referência.

A frente da produção do suspense, tivemos Adam Robitel, que foi responsável por dirigir o último filme da franquia de terror Sobrenatural, A Última Chave, e, mesmo investindo um orçamento baixo, ele apostou suas fichas numa produção visual impecável, principalmente na escolha de cada elemento que compôs os cenários da trama, até os efeitos pirotécnicos que podem ser vistos por parte no trailer. A principal jogada de marketing da produção foi em entregar algo que prendesse a sua atenção desde a sonoridade perturbadora até em todos os detalhes das pistas espalhados por cada sala durante o jogo. Algo capaz de fazer quem estiver assistindo ter uma visão como se estivesse participando daquele desafio, a ponto de nos fazer usar o raciocínio lógico atrás de cada peça, em vez de investir numa jogatina sangrenta mortal de tortura tradicional. Passando assim a impressão de gênero do filme como um suspense meia-boca, mas que se for ser levado em consideração a produção não deixou a desejar deixando um final aberto para novos rumos de uma possível futura franquia.

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