Crítica | Círculo de Fogo (Pacific Rim)

Nota
5

Quando várias criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começam a emergir do mar, tem início uma batalha entre estes seres e os humanos. Para combatê-los, a humanidade desenvolve uma série de robôs gigantescos, os Jaegers, cada um controlado por duas pessoas através de uma conexão neural. Entretanto, mesmo os Jaegers se mostram insuficientes para derrotar os Kaiju. Diante deste cenário, a última esperança é um velho robô, obsoleto, que passa a ser comandado pelo antigo piloto Raleigh Becket (Charlie Hunnam) e a treinadora Mako Mori (Rinko Kikuchi).

Felizmente, Círculo de Fogo é dirigido pelo excelente Guillermo del Toro, o mesmo que levou o Oscar por A Forma da Água. Del Toro criou esse mundo num futuro distópico, e só sendo uma criação de sua cabeça para entregar um resultado tão impactante, é possivel ver claramente que há inspirações nos filmes de Transformers de Michael Bay, porém Del Toro consegue aprofundar e desenvolver muito bem isso camada por camada, com seus personagens tendo o desenvolvimento que trama pede e a urgência também, quando conhecemos seu protagonista, interpretado pelo ator Charlie Hunnam, vemos um cara que teve um passado de luta contra os Kaijus, mas vive uma outra realidade após traumas de outrora. O personagem de Idris Elba, Stacker, é bom de se ver em cena, o entrosamento deu certo, e quando juntamos ao trio a Mako Mori, filha adotiva de Stacker, temos bastante envolvimento emocional.

A urgência no filme nasce quando uma fenda abre no fundo do Oceano Pacifico, temos a partir daí Kaijus soltos pelo mundo, esses a princípio como se fossem chefes de fases de games… Encare dessa forma, pois é preciso vencer para não morrer, e continuar passando de fase. Dentro desse mundo, existe até mercado clandestino vendendo partes desses animais gigantescos, mortos durante as batalhas ocorridas pelo mundo por equipes como as comandadas por Stacker. Enquanto essas equipes são enviadas para combater as ameaças Kaiju, novas descobertas vão vindo a tona sobre o aumento dos ataques de Kaijus, o surgimento de Kaijus de categorias superiores, e toda a trama vai sendo desenvolvido a partir de então.

Se você nunca viu Círculo de Fogo, está perdendo tempo. Procure assistir o quanto antes o filme em algum streaming, prepare uma bela pipoca e a diversão estará garantida ao lado de boas risadas vez ou outra. É crível a forma como Del Toro trabalha o visual do filme, tanto o dos robôs como o dos Kaijus, a imaginação sai das páginas de desenho com leveza, o design é incrível. Não dá para ficar sem falar que tudo é acompanhado de um excelente rock, a guitarra corre no grave e na entonação do ritmo do filme, fazendo a trilha sonora ser uma obra de arte pura. As cenas de ação tocam no ritmo da música, os movimentos devagar dos robôs em cada soco, em cada ataque, jogam junto de você. Del Toro criou uma fantasia épica com cenas de ação da melhor qualidade, não é atoa ele, além de dirigir, colabora com o roteiro do filme, já a dupla Hunnman e Kikuchi entregam carisma e química garantidos.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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