Crítica | Caminhos da Floresta (Into the Woods)

Nota
2

Em uma vila as margens de uma floresta, vários moradores vivem insatisfeitos, uma jovem deseja poder ir ao baile promovido pelo rei, um garoto deseja que a vaca de sua família dê leite, o padeiro e sua esposa querem um herdeiro e uma garotinha quer comida para alimentar sua avó que mora na floresta. Todas essas histórias são conectadas no momento em que uma uma bruxa amargurada aparece na casa do padeiro e conta que por causa de seu pai perdeu a beleza, por isso lançou uma maldição na casa e pegou a irmã do homem, mas que de bom grado irá retirar a praga lançada se ele trouxer alguns ingredientes: uma vaca branca, uma capa vermelha, uma mecha de cabelo loiro e um sapatinho puro como o ouro. O longa Caminhos da Floresta nos apresenta uma conexão entre alguns dos grandes clássicos dos contos de fadas no formato de um musical da Broadway.

A trama mostra as desventuras de vários personagens de contos de fadas muito conhecidos, como Chapeuzinho Vermelho e João e o Pé de Feijão, é muito bem desenvolvida até próximo à metade do longa, onde um final claramente é apresentado, mas por algum motivo outra reviravolta acontece e o enredo perde o foco original.

Nem todos os personagens são bem apresentados, o que empobrece o contexto em que são inseridos, mesmo assim outros personagens foram muito bem trabalhados, Meryl Streep apresentou uma bruxa amargurada e rancorosa e mostrou tudo o que ela tinha para oferecer, Anna Kendrick trouxe uma Cinderela diferente da apresentada pela animação, mais insegura, o que auxiliou na evolução do personagem, James Corden sem dúvidas teve um dos trabalhos mais notáveis, o padeiro, que após descobrir segredos sobre o seu pai, não acredita que possa ser uma boa figura paterna.

Quase todas as cenas se passam na floresta, que não possui grandes efeitos e nem chama muita atenção, exceto algumas poucas cenas, como a árvore no túmulo da mãe da Cinderela, os efeitos gráficos são bons, mas nada excepcional, os figurinos nem sempre foram bem apresentados, a trilha sonora trás toda a carga dramática para o filme e é um dos pontos positivos, com destaque para a canção do prólogo, Into the Woods que consegue introduzir brilhantemente a trama.

Caminhos da Floresta deixa a desejar no enredo e na construção de alguns personagens, mas trás músicas de boa qualidade e que conseguem nos manter envolvidos à trama, entrega, de maneiras tortas, o que promete. Não é um filme brilhante, mas tem seus pontos positivos.

 

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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