Crítica | Brightburn – Filho das Trevas (Brightburn)

Nota
4

Comandado por James Gunn, que já é bastante conhecido pela produção de Guardiões da Galáxia, e David Yarovesky, Brightburn tem a missão de entregar uma premissa mista que expõe a imagem de um super-herói e de uma criança, e tenta mesclar com um terror.Uma tarefa que não é a das mais fáceis por se tratar de um trabalho com uma produção de gêneros opostos.

Rotulado através dos trailers e da sinopse como um Superman do Mal, Brandon (Jackson A. Dunn) é inicialmente descrito de forma a vermos semelhanças com o herói da DC, fazendo-nos enxergar as fortes influências sobre ele. O bebê aterrissa na terra de uma forma misteriosa, dentro de uma pequena nave, e surge quando o casal Breyer está querendo um filho, e é por conta disso que, quando eles o encontram, o consideram como um presente ou um pedido atendido.

Elizabeth Banks entrega uma boa atuação como Tori, que, ao lado de Kyle (David Denman), seu marido, não possuem a mínima ideia de onde estão se metendo.  Após um salto temporal na trama, as coisas começam a ficar mais interessante, conseguindo prender a nossa atenção ao enredo da família, mostrando de uma forma tensa o perigo e as descobertas do Brandon, e acrescentando mais detalhes à personalidade do personagem, justamente o que o diferencia de qualquer outro “herói” já visto, fazendo jus ao subtítulo “Filho das Trevas”.

Os efeitos da produção ficaram impecáveis, os detalhes gráficos – principalmente, na parte em que vemos o Brandon no espaço e os detalhes das cenas de destruição potencializadas por sua força extraordinária -, os audiovisuais bem atribuídos – principalmente, nas cenas com tentativas de jumpscare.

O longa parece ter vindo para iniciar uma forma de explorar aquela sensação de “já vi essa história”, explorando o poder do clichê ao brincar com uma trama que, inicialmente, pode se encaixar num reboot do Superman, e evolui escurecendo e explorando as características malignas, o que normalmente poderia ser considerado um ponto negativo, pela ausência de autenticidade. Aqui, vira uma ideia genial ao narrar a história do protagonista. Talvez o grande defeito da produção seja justamente o esforço em deixar uma pequena brecha para ser usada, caso surja o interesse de uma sequência; contradizendo toda a trajetória do longa que pede um término feliz e harmonioso.

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