Análise | Slendrina: The Cellar

Nota
4

Depois do sucesso que foi Granny, a DVloper precisava de um novo game seguindo a temática, e eis que a mulher misteriosa do berço, que surgiu como um easter-egg, se tornou a protagonista perfeita para esse spin-off, foi assim que, em Maio de 2018, surgiu Slendrina. Em seu primeiro jogo, Slendrina: The Cellar, nos somos temos que explorar o calabouço da ‘moça’ para escapar ileso.

ENREDO – ELA VEM TE PEGAR!

Slendrina aparentemente é um fantasma ou alucinação que possui cabelos pretos que vão até o ombro e olhos pretos com pequenas pupilas brancas dentro, andando sempre com sua boca aberta. Na trama você deve explorar os diversos calabouços e buscar os livros e chaves para garantir sua saída. Claro que enquanto você busca, ela aparece em diversas chances e tenta te pegar, mas cabe a você aprender como se proteger e como fugir dela para sobreviver e cumprir sua missão.

GRÁFICOS – UMA HORRÍVEL APARIÇÃO

O jogo não possui gráficos muito desenvolvidos, julgo dizer que ele é até um pouco pior que os gráficos de Granny, mas num jogo onde sobrevivência e jumpscary são os principais requisitos, quem liga para o visual simplista e geométrico do game? Talvez o fato de ela ter uma aparência tão, intencionalmente,  mal construída cause ainda mais intensidade no susto que acompanha suas aparições e suas aproximações, afinal, por que ser bem feito e bonitinho se na verdade é um fantasma que quer te matar?

AMBIENTAÇÃO – CORREDORES E PORTAS PARA TODO LADO

Claro que num jogo de sobrevivência como esse não é preciso muito trabalho de ambientação. Todos os corredores e portas são exatamente iguais, e o objetivo é justamente confundir, nos fazer ficar perdido, não saber onde já passamos e terminar tendo que passar repetidas vezes no mesmo lugar até achar o caminha que não explorou ou a saída para o próximo corredor. Basicamente a DVloper pegou um plot maravilhoso que ajudou a economizar com todo o planejamento visual e se empenhar na jogabilidade.

SOM – DO CALMO AO DESESPERADOR EM SEGUNDOS

O jogo não possui muitas alterações sonoras, temos o som ambiente básico e bem calmante, temos o ranger das portas sendo abertas, e no final das contas nada é estimulante. O grande problema surge quando vemos a Slendrina em nossa frente, a sonoridade muda instantaneamente para um som agonizante que nos enche de adrenalina e nos tira a coordenação, claramente escolhido para dificultar a fuga do fatal destino, mas que nos deixa sempre com o pé atras depois que desaparece, jogando os jogadores da calmaria da caminhada até uma fuga elétrica que o fara se perder nos corredores, já que não há como planejar seus passos quando se está na busca por poupar sua vida.

JOGABILIDADE – MUITO CUIDADO COM OS MOVIMENTOS

O objetivo geral do jogo é juntar a quantidade de livros necessária para sair da cela, e a medida que vai avançando, juntar algumas chaves para abrir alguns corredores que estão trancados, mas acima de tudo, o objetivo principal do jogo é sobreviver, Slendrina aparece muito perto de você e parece te atrair pra perto dela quando te encontra, de uma forma que a luta pela sobrevivência se torna ainda maior, fora o fato que quanto mais livros você acumula, mas frequente se torna o encontro entre os personagens, tornando o jogo pura adrenalina e tornando o jogador cada vez mais suscetível a se assustar.

EXTRAS – JOGUE INÚMERAS VEZES

Não existe nenhuma trama extra exatamente, mas o jogo possui 3 cenários, e não é jogado da forma padrão. Na verdade você só pode jogar o primeiro cenário, escolhendo em qual nível de dificuldade quer jogar, e a medida que você vai completando as missões, vai ganhando pontos, e os outros dois cenários são liberados quando o jogar some uma determinada quantidade de pontos. Ou seja, é preciso jogar varias vezes o mesmo nível antes de poder jogar o próximo cenário.

CONCLUSÃO – UMA FRENÉTICA BUSCA LITERÁRIA

O mais interessante da trama é você parar e perceber que o jogo não tem nada demais, ele não tem objetivos, não tem desafios, ele é apenas um simples jumpscary que gera tanta adrenalina em quem o joga que, no fim das contas, não é nada além do que uma diversão barata que vai consumir horas do seu dia na busca por vencer o monstro demoníaco que podemos carinhosamente chamar de Slendrina, e que te faz estudar cada passo na busca por sobreviver e aprender a fugir da fantasma. Slendrina: The Cellar nada mais é do que um simples passatempo que não tem um motivo de existir, mas existe e nos diverte pelo simples fato de querermos chegar ao, inexistente, final.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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