Análise | Party Hard

Nota
4

Party Hard  é um jogo de ação e estratégia indie lançado em 25 de agosto de 2015. O game, que foi desenvolvido pela Pinokl Games em conjunto com a Kverta, é um stealth game distribuído pela tinyBuild, que garantiu às empresas a participação em três grandes premiações de 2015, dando ao game um Indie Prize Europa na categoria Best in Show Critic’s Choice Awards, e duas indicações ao DevGAMM Moscow, uma na categoria Melhor Jogo Indie e uma na categoria Excelência em Game Design. O jogo foi desenvolvido originalmente para PC, estando disponível no Steam, mas, em 26 de abril de 2016, foi lançado para Playstation 4. Além do jogo original, foi lançado mais dois DLC’s para o jogo: Party Hard – Dark Castle, em 16 de setembro de 2016, e Party Hard: High Crimes, em 10 de novembro de 2016.

 

ENREDO – ACABE COM A FESTA DE SEUS VIZINHOS

Você está querendo dormir, mas seus vizinhos não te deixam em paz com as festas movimentadas que vem realizando. Não adianta chamar a policia, está na hora de resolver o problema com suas próprias mãos: matando a todos que estão nessa festa caótica. Com o apoio de sua faca e o ambiente onde a festa está se desenrolando, cabe a você criar diversas armadilhas e estratégias para matar cada um dos festeiros desregrados sem que seja descoberto, preso ou morto, uma difícil tarefa que te transformará num famoso assassino em série que atua em festas em todo o EUA.

GRÁFICOS – UMA OBRA DE ARTE EM PIXELS

O primeiro protótipo de Party Hard foi criado pela Pinokl Games, que sempre teve experiências com jogos casuais para toda a família, durante sua participação em uma game jam. Por conta dessas limitações, os gráficos do jogo precisaram ser tão limitados quanto, sendo completamente construído em pixels e, posteriormente, recebendo o apoio financeiro da TinyBuild. O visual pixelizado acabou sendo mantido, por ser um dos elementos fortes do jogo, mas foi a jogabilidade que garantiu seu sucesso, levando cada vez mais usuários a se deleitarem com o limitado porém deslumbrante visual do jogo.

AMBIENTAÇÃO – FESTAS EM LUGARES DIVERSOS

Com seus 19 níveis únicos, o jogo cria dezenove locações incômodas para o assassino agir, o que nos leva a festas caseiras, em iates, em praias, em florestas e até em uma estação de trem, onde o assassino deve limpar o cenário para poder executar uma fuga perfeita. Assim como a maioria dos stealth games, o grande objetivo do jogo é que você não seja pego, tendo espaço para, silenciosamente, escolher suas vítimas, uma por uma, e é justamente nesse ponto que os cenários são tão relevantes. O jogo tem um conjunto enorme de armadilhas, esconderijos e atalhos, o que ajuda o assassino a se mover entre os vários ambientes numa velocidade maior e, consequentemente, sair das cenas de crime antes que alguém o encontre. Com a possibilidade de ficar dançando e se misturando durante uma situação de suspeita, o jogo ainda tem, em alguns cenários, locais estratégicos para esconder corpos, afinal evitar que a policia seja chamada muito cedo é fundamental para que você tenha mais liberdade para agir.

SOM – NÃO ESQUEÇA QUE ISSO É UMA FESTA

Devemos sempre lembrar que o jogo é focado em um assassino invadindo festas, logo não é de se surpreender que o game tenha uma rica trilha extremamente festiva, com músicas que seriam capazes de animar qualquer estilo de festa. Justamente por causa dessa trilha tão rica, a tinyBuild decidiu lançar, em 10 de novembro de 2016, a DLC Party Hard Remastered OST, que substitui trilha sonora original de Party Hard com 16 novas músicas que não causam mais problemas e reivindicações de direitos autorais no YouTube. O DLC traz trilhas como “Beat Dreams“, “I Am Trouble“, “He Knows You’re A Dancer“, entre tantas outras.

JOGABILIDADE – UMA SÉRIE DE FUNÇÕES BEM INTUITIVAS

O jogo tem uma jogabilidade simples, que o faz se tornar praticamente um simulador das clássicas cena de festa em filmes slasher, mostrando uma festinha onde, do nada, aquele amigo que se afastou do grupo acaba tomando uma facada fatal. Você tem as teclas de movimento (o típico controle de movimentação no WASD), o botão de interação com objetos (como a BARRA DE ESPAÇO que ativa as armadilhas), um botão para matar (quando se clica no E) para quando você encontrar aquela garota bêbada indo ao banheiro, e até um botão para dançar (a tecla Q), para que você possa disfarçar no momento em que o corpo no banheiro acabar sendo encontrado, e o melhor de tudo é que os controles, além de serem extremamente intuitivos, são apresentados logo no inicio do jogo. Além de tudo, o jogo te permite escolher entre um dos cinco personagens jogáveis: o cara que quer dormir; o ninja que é rápido, sorrateiro e tem uma bomba de fumaça; o policial que pode carregar corpos sem levantar suspeitas; a garota que pode derrubar as pessoas sem causar frisson; ou o açougueiro que tem um machado poderoso.

EXTRAS – DUAS EXCELENTES ADIÇÕES AO GAME

Como já citado anteriormente, o jogo acabou recebendo duas DLC’s em 2016: Party Hard – Dark Castle e Party Hard: High Crimes. Dark Castle foi o primeiro deles, que adicionou uma nova festa, num background sobrenatural, onde um caçador de monstros, inspirado em Van Helsing, invade um antigo castelo onde, sob a lua cheia, criaturas antigas acordam de seu sono profundo e dão início a uma festa sombria, agora cabe a você, com a ajuda de seus poderes e de seu fiel companheiro canino, explorar o primeiro mapa de rolagem do jogo, com a possibilidade de um co-op multiplayer local. Já em High Crimes, o segundo DLC, temos um salto temporal para dez ano a frente, quando o assassino segue lutando para controlar seu lado sombrio e, vendo que a polícia continua corrupta e sem fazer justiça na cidade, acaba cedendo à decisão de voltar a fazer justiça com as próprias mãos, o que adiciona ao jogo quatro novas missões, com novas mecânicas.

CONCLUSÃO – A FESTA (COM CERTEZA) DEVE PARAR

Com uma enorme pitada de humor negro, Party Hard é aquele jogo onde cada nova jogatina proporciona uma nova experiência. Você não é o único assassino no recinto, a policia e a ambulância podem chegar a qualquer momento, atropelando todos que tiverem na frente da casa, você pode chamar a dedetização, que irá encher um dos cômodos de veneno que matará todos que, idiotamente, entram lá, ou você pode assistir a reação sem noção de pessoas da festa ao encontrar corpos, como a icônica atitude de uma das garotas que ao invés de se assustar dispara um “Ai não, esses corpos estão acabando com a festa!”.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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