Análise | Masters of Madness

Nota
4

Lançado em 27 de Julho de 2020, Masters of Madness é um Idle Game criado pela AntiWay Studios a partir da imensa fama de Cthulhu, o deus primordial lovecraftiano, para colocar seus usuários como líder de uma seita que busca convoca-lo para o nosso mundo.

OBS.: Análise feita a partir da versão 1.3.1 para Android do game.

 

ENREDO – CTHULHU MERECE O MÁXIMO DE SEGUIDORES

Você é agora o líder de um poderoso culto à Cthulhu, e um deus tão poderoso não pode ser cultuado de uma forma fraca, principalmente quando seu objetivo é conseguir convoca-lo para o nosso mundo. Consiga cada vez mais minions, colete cada vez mais almas, colha cada vez mais sangue, adquira cada vez mais artefatos e familiares, conquiste cada vez mais bênçãos e conjure cada vez mais símbolos de poder, cada um desses avanços te deixa mais perto de conjurar o maravilhoso apocalipse lovecraftiano de Cthulhu.

GRAFICOS – A ARTE PROFANA DOS BITS

Com uma construção bem simples, o jogo nos oferece seus gráficos todo feito em bits com cores escuras e pouquíssimos bits claros, algo que fortalece ainda mais o ar nerd do jogo, nos fazendo sentir dentro de um verdadeiro RPG ao mesmo tempo que somos tomados pelo enredo bem construído e a nostalgia visual, uma combinação perfeita para unir o melhor de todos os mundos: o profano sobrenatural do culto, o obscuro mitológico de Lovecraft e a simplicidade tecnológica do jogo, que dá uma visão de simplicidade na gestão de seu culto.

AMBIENTAÇÃO – UM CLIMA GÓTICO COM TOQUE MEDIEVAL

O jogo inteiro se desenvolve ao redor do altar do seu Deus, e esse altar fica no que parece ser o topo de um castelo de ambientação tão gótica quanto assombrosa, com matinhos e lodo visíveis pelas frestas entre os tijolos, que nos deixa envolvidos no ambiente de uma forma singular. Fica claro que aquele é o local perfeito para um culto tão profano, e um lar ideal para você e seus minions, sejam eles humanos ou demoníacos, junto com seus familiares.

SOM – UMA TRILHA QUASE CINEMATOGRÁFICA

A trilha de fundo nos remete imediatamente às trilhas de exploração em casas assombradas em alguns filmes, que causam uma certa tensão e nos deixa apreensivos, amedrontados, prontos para levar um susto, algo que colabora, e muito, com a atmosfera tenebrosa do jogo. Os efeitos sonoros de cada tipo de clique são outro deleite, os sussurros proferidos a cada clique feito para adquirir almas causa uma sensação errada, te faz sentir como se estivesse mexendo com algo proibido e te da uma sensação de poder sobre seus servos, já os upgrades, com efeitos sonoros que lembram muito magias, são um complemento delicioso, que te ajudam ainda mais a imergir no culto e se sentir parte dele. Apesar de não te dar sustos, o suspense do jogo é o suficiente para te deixar dentro daquele clima de terror vindouro.

JOGABILIDADE – MUITA ESTRÁTEGIA E CLIQUES

Com uma jogabilidade extremamente simples, o jogo vai direto ao ponto. Assim como os diversos outros Idle Games, você vai ganhando mais almas a medida que vai clicando em seu deus, e essas almas são usadas para ‘comprar’ seus minions e fortalecer seu culto, acelerando a forma de obtenção de almas e, consequentemente, o preço para os upgrades de cada fator de sua evolução. Assim como os outros idle games, com o passar do tempo o jogo consegue se jogar sozinho, acumulando almas o suficiente sem precisar de você clicar e dando a você a função apenas de criar as estratégias de gestão do culto.

EXTRAS – VÁ CONDUZINDO SEU CULTO DA SUA FORMA

Como o culto vai sendo construído a medida das suas escolhas, o jogo possui experiências únicas para cada vez que for jogado, dando até diferentes opções ao iniciar o jogo que vão fazer o seu culto tomar forma de maneiras diferentes e assumir características únicas. Não existe sidequests no jogo, mas a quest casual que é desenvolvida durante a jogatina é suficiente para distrair o jogador em seu tempo ocioso e até ocupa-lo por bastante tempo sem perceber.

CONCLUSÃO – SEJA UM MESTRE DA INSANIDADE AO LADO DE SEU DEUS

O mais interessante é o quanto Masters of Madness acaba por ser uma experiência bastante divertida e ociosa para um público casual, ele oferece exatamente o que promete e permite o uso de “linhas do tempo”, que aparentemente são infinitas, mas que permitem que o jogador possa recomeçar com uma nova forma e ter um resultado totalmente diferente, algo que vai motivando o jogador a explorar cada vez mais. Claro que a experiência não é tediosa para quem quiser seguir focando em ser um bom colhedor de almas, mesmo que isso te canse fisicamente algumas vezes e seja necessária fazer algumas pausas, mas seu visual de 16 bits é suficiente para te motivar a seguir nessa pequena descida à loucura, principalmente para aqueles que amam o trabalho H.P. Lovecraft.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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