Análise | Granny

Nota
4

Com sucesso absoluto imediato, a DVloper lançou, em 24 de novembro de 2017, Granny, um jogo de terror indie protagonizado pela psicótica velhinha sádica que te sequestra e te prende na engenhosa armadilha que é a sua casa.

ENREDO – CINCO DIAS PARA FUGIR

A Granny te sequestrou e te prendeu na casa dela e agora você só tem cinco dias de vida, durante esses cinco dias cabe a você explorar a casa silenciosamente e conseguir juntar material suficiente para fugir ou para se proteger, mas sempre com cuidado, por que a Granny está andando pela casa e, caso você seja pego, ela te colocará “amorosamente” para dormir e um dia se passará no seu prazo de fuga.

GRÁFICOS – UMA APARIÇÃO ASSOMBROSA

Com um visual um tanto mal desenvolvido, Granny traz uma aparência cheia de pontas e bem escrachada, com dentes a mostra e um olhar tenebroso, um visual que, apesar de não ser muito bem desenvolvido, é suficiente para complementar a aura do jogo, que cumpre bem seu papel de jogo de sobrevivência temperado com jumpscary.  O jogo se aproveita da aparência da Granny e nos assusta com seus ataques, principalmente quando não estamos vendo ela se aproximar, nos jogando para uma cut-scene que dá um zoom no seu rosto e assusta aos que estiverem mais atentos (algo comum num jogo onde a atenção é essencial para a sobrevivência).

AMBIENTAÇÃO – UMA CASA REPLETA DE ARMADILHAS

A casa que a Granny vive é um campo minado coberto por armadilhas e lugares barulhentos, além de ter vários esconderijos e passagens secretas, tudo para permitir que você se esconda ao mesmo tempo que tenta achar uma forma de sair, ou que você chame a atenção da vilã ou fique preso por alguns segundos, que podem ser o suficiente para que você seja pego. Com um cenário que te deixa com medo ao mesmo tempo que você explora, em busca de objetos e peças que te ajudem a reunir as chaves da porta principal, o jogo te deixa eletrizado, tentando perceber qualquer barulho que possa chamar a atenção da ‘vovozinha’ ou qualquer sinal de que ela está se aproximando.

SOM – SEU MAIOR ALIADO E MAIOR INIMIGO

Como dito anteriormente, os sons do jogo são extremamente essenciais para a jogabilidade, o som de abrir uma porta ou de esbarrar em certos itens, o som de largar um objeto de interação, tudo isso pode chamar a atenção da Granny, da mesma forma ele te ajuda a ouvir os passos quando a vilã se aproxima, o tintilar metálico quando ela deixa uma armadilha de urso em algum comodo, além das frases que a psicótica solta ao se aproximar, tudo isso aumenta ainda mais a tensão que já existe pelo simples fato de sermos instigados pela trilha sonora do jogo, que nos prepara para os sustos que podem acontecer a qualquer momento e nos proporciona uma experiencia completa.

JOGABILIDADE – ANDAR, PEGAR, AGACHAR E ESCONDER

O jogo possui apenas quatro botões, mas são o suficiente para nos proporcionar diversas estratégias, andar pode causar passos, agachar pode diminuir os sons além de diminuir  a velocidade, pegar e largar objetos pode ajudar em certos momentos ou ser o estopim da caçada e do perigo, no fim temos ainda a possibilidade de entrar embaixo das camas, que pode ser sua proteção em certos momentos ou aumentar ainda mais seu medo, no fim das contas, o jogo inteiro foi construído para explorar o medo de se estar preso na casa dessa velha louca, dando nos a necessidade de jogar algumas vezes antes de conhecer o cenário o suficiente para montar as estratégias.

EXTRAS – UM FINAL ESPECIAL OU UM DIA A MAIS

Mesmo que o jogo seja simples, ele não deixa de possuir seus conteúdos extras, que proporcionam uma nova visão do jogo ou uma maior jogabilidade. Além da possibilidade de reunir as peças para montar uma arma de fogo que deixa a Granny temporariamente paralisada, há ainda a possibilidade de reunir as peças de fotos espalhadas pela casa e desbloquear um dia extra, transformando o prazo de cinco dias para fugir em seis dias. Outro conteúdo extra é a presença do Teddy Bear, um ursinho de pelúcia que pode ser encontrado perdido pela casa e que, se levado até o berço do sótão, proporciona uma rápida animação e desbloqueia um final alternativo.

CONCLUSÃO – A VOVÓ PSICÓTICA

Apesar do gráfico não ser tão realista quanto tantos outros jogos da atualidade, Granny conquistou seu sucesso pela forma como utiliza seu jumpscary e sua permissiva jogabilidade para envolver seus jogadores num clima bem assustador, sabendo que pode ser atacado a qualquer momento e que toda estrategia vai ser necessária para garantir a vitória, mas que conquista seu público até nas derrotas, trazendo ending cenes diversificadas tanto quando se ganha quanto quando se perde, deixando claro que é possivel se divertir em ambas as finalizações e que jogar mais de uma vez numa mesma dificuldade pode te permitir explorar cada vez mais o jogo e cada vez mais funções e caminhos.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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