Análise | Attack the Light

Nota
4.5

Attack the Light, ou Ataque ao Prisma no Brasil, é um jogo mobile desenvolvido pela Grumpyface Studios em conjunto com a Cartoon Network. O jogo em formato de RPG foi lançado em 2 de Abril de 2015 e possui 5 áreas divididas em fases lineares, secretas, fase boss e fase tesouro.

ENREDO – RECONSTRUINDO O LIGHT PRISM

O jogo se inicia quando Steven toca no Light Prism e liberta o guerreiro do prisma, mas eis que, quando as Crystal Gems nocauteiam o guerreiro, ele explode em sete luzes de cores diversas e se dispersam pela cidade, fazendo com que as Crystal Gems precise encontrá-las e restituir o Prisma. Nessa viagem o quarteto deve passar pela Indigo Caves, pelo Strawberry Battlefield, pelo The Desert, pelo Sunken Lunar Sea Spire e pelo Red Temple.

Toda a trama do jogo foi baseado num roteiro criado por Rebecca Sugar exclusivamente para o jogo, por conta disso diversos símbolos e imagens e fatos não presentes na série acabam aparecendo durante a gameplay, informações que ainda não se sabe se são canon ou não, ou se podem ser pistas de coisas que surgiram no futuro da série de TV.

GRÁFICOS – A BELEZA DO RETRÔ 

Os gráficos do jogo se inspiram no estilo de desenhos dos anos 30, lembrando bastante aquele Mickey no barco do passado, com cores bem definidas e fugindo da luz e sombra, o jogo traz um visual bem sóbrio nos personagens e colore bastante nos cenários, o que condiz bem com o fato de termos uma busca pelas 7 cores do prisma. O visual fica ainda melhor quando vemos como o jogo de cor em alguns monstros muda de uma forma que parece realmente ser outro monstro.

O melhor é ver que cada mundo não só afeta as cores do cenário, como traz um impacto na coloração dos protagonistas, mostrando que não estamos falando só de cor e sim de luz.

AMBIENTAÇÃO – OS MUNDOS COLORIDOS

Cada um dos mundos que passamos tem uma cor, e isso afeta tudo nesse mundo, desde o cenário até os monstros e, as vezes, até tornam o visual único com todas as mudanças que harmonizam com o cenário, sua ideia e sua cor. Começamos a jornada nas Cavernas Índigo, onde vemos todo um cenário roxo com tons de azul escuro nas paredes, mostrando todo um cenário ricamente estilizado de pedras. O Campo de Morangos traz todo o cenário de um verde, com morangos por toda a parte, o tipico estágio da selva.

Em seguida vem o deserto, o estágio laranja que ainda traz pequenos tons de marrom, lembrando bastante do visual da caverna, mas mostrando o quanto a alteração de cor ajuda os cenários, tão parecidos, a serem totalmente únicos. O Templo Submerso é a clássica fase da água, com os tons de azul da parede da caverna no chão e tons de azul claro, quase branco, nas paredes. O Templo Vermelho é a última fase, completamente feita com tons vermelhos e a fase que mais afeta o visual geral dos protagonistas, trazendo um visual que esconde as salas exceto a que você está presente, dificultando a exploração.

SOM – UMA TRILHA DISCRETAMENTE ADAPTATIVA 

É indispensável dizer que a música no jogo é algo extremamente discreto, ela surge nas trilhas de cada estágio, ambientando e casando perfeitamente com a temática de cada mundo, tudo usando apenas instrumentais. Temos também pequenos efeitos sonoros nos ataques e na interação com os monstros do prisma, além de pequenas falas que surgem de forma rápida e espontânea durante a jogabilidade.

É digno de nota citar que a desenvolvedora teve o cuidado de convocar os dubladores originais da série para gravar as diversas falas que, apesar de curtas e esporádicas, tornam-se um bônus maravilhoso para todos aqueles que são fãs da série a acompanham a fielmente.

JOGABILIDADE – RPG DE TURNOS

Seguindo um sistema de luta baseado em turnos, e com funcionalidades de toque intuitivo e controles deslizantes, o jogo remonta um ambiente semelhante a um dungeon crawler, onde as batalhas por turnos são vinculadas a um medidor de energia que limitam o número de ações.

No decorrer do jogo, é possível recolher as carambola e suas variedades, itens que aumentam o medidor de energia para um máximo de nove, além de ser possível acumular ao terminar o turno sem consumir toda a energia. Além de que com o decorrer dos estágios, e aumento de nível dos personagens, é possível destravar novos poderes, que possuem uma nova mecânica para dominar e garantir combos e ataques bônus.

EXTRAS – GEMAS, MEDALHAS E ÁREAS SECRETAS

No decorrer do jogo é possível achar áreas secretas que podem ser acessadas usando as Gemas Vermelhas, itens que são encontrados perdidos pelos mapas e vendas, e que são extremamente necessários caso você deseje finalizar o gameplay com 100% em todos os estágios. Através deles é possível acessar uma parte secreta que dá acesso a baús ou estágios bônus. Ainda na busca pelo 100%, é possível acessar a área do tesouro, uma área que concentra uma versão mais forte dos monstros daquela área e batalhas seguidas, surgindo tela a tela, o que te ajuda a fortalecer o personagem e se divertir um pouco mais na gameplay.

Outra grande atração do game é colecionar as medalhas, pequenos itens com habilidades específicas que podem ser adicionadas aos personagens, como o poder de ressuscitar após duas rodadas ou ter um bônus de fogo nos ataques. Algumas medalhas acabam sendo inúteis para o jogo, mas no final é sempre mais satisfatório concluir o jogo tendo recolhido todas elas.

CONCLUSÃO – UMA DIVERSÃO À PARTE

No final das contas é fato concluir que Attack the Light é um jogo com vários fatos atualmente não canônicos e que podem divertir muitos dos fãs ao vê-los e teorizar sobre eles, ao mesmo tempo ele é altamente intuitivo, o que garante que até as pessoas que nunca assistiram nem um episódio da série entendam tudo e sem tomar nenhum spoiler. Para os que conseguirem jogar com a mente aberta e sem querer achar pistas da série, o jogo é uma enorme diversão, montar estratégias para garantir a vitória do time através das combinações de ataque é ótimo, sofrer e vibrar a cada acerto/erro no ataque bônus. No final das contas, temos varias possibilidades de jogos em um, e uma diversão rápida e garantida.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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