Análise | Assassin’s Creed

Nota
4

Desenvolvido pela Ubisoft Montreal, e publicado pela Ubisoft, em 13 de novembro de 2007, Assassin’s Creed é um jogo furtivo de ação e aventura para um jogador, e o primeiro jogo da franquia Assassin’s Creed. Desenvolvido para PlayStation 3 e Xbox 360 em novembro de 2007 e disponibilizado para Microsoft Windows em abril de 2008, o jogo evolui através de uma história fictícia baseada em eventos do mundo real e se concentra no uso das habilidades de combate, furtividade e parkour para derrotar inimigos e explorar o ambiente. O título causa um grande impacto, prometendo uma evolução promissora para suas sequências e empolgando apesar de ser repetitivo e precisar ser refinado para aperfeiçoar a formula que entrega.

 

ENREDO – O DNA CARREGA PODEROSAS MEMÓRIAS

2012. Desmond Miles, um barman comum, acaba sendo sequestrado por agentes da Abstergo Industries, o maior conglomerado farmacêutico do mundo, e levado para Roma, um lugar onde, com a ajuda do Dr. Warren Vidic e sua assistente, Lucy Stillman, é forçado a participar de uma série de testes dentro do Animus, uma maquina capaz de traduzir as memórias genéticas de seus ancestrais em uma realidade simulada. Dentro do Animus, Desmond passa a viver as memórias de Altaïr Ibn-La’Ahad, um dos membros da Irmandade dos Assassinos que viveu durante o tempo da Terceira Cruzada (1189 – 1192), um assassino treinado que cometeu alguns erros e agora está numa missão de assassinar nove indivíduos a fim de recuperar sua posição e honra, sem saber que sua missão tem uma grande conexão com um artefato desaparecido há muitos anos e que está sendo procurado pelos Cavaleiros Templários.

GRÁFICOS – UMA INOVAÇÃO A FRENTE DO SEU TEMPO

Não se pode negar que o jogo nos entrega um gráfico bem acima da média para seu tempo, a arquitetura das cidades salta aos olhos, o cuidado com os vestuarios dos cidadão é essencial, e até o visual dos NPCs é destacavel, o que torna a experiencia de jogar ainda melhor. Por outro lado, vemos um claro deficit no desenvolvimento do jogo quando o assunto é nadar, fica claro que os desenvolvedores não tiveram a preocupação de criar animações para garantir que Altaïr possa nadar, o que poderia ajudar em algumas situações incomodas do jogo, e mesmo que tenhamos uma justificativa no enredo de que o assassino tem medo da água, é claramento um dos pontos negativos que o jogo acaba apresentando. É impossivel negar que a Ubisoft saiba o que estava fazendo quando criou a proposta, mas também é inegavel que melhorias precisam ser feitas para evolução da franquia futuramente.

AMBIENTAÇÃO – EXPLORANDO A TERRA SANTA

O jogo inteiro se baseia em viagens para Masyaf, Jerusalém, Acre e Damasco, as cidades que compõe a Terra Santa, e que se mostram intimamente diferente, apesar de mostrar claras semelhanças em sua cultura, fica claro que a arquitetura, o modo de vida e a população possui discretos contrastes, o que enriquece o background do jogo. Apesar de o jogo começar em Masyaf, somos enviados por nosso mestre para missões em Jerusalém, Acre e Damasco, encontrando a filial da irmandade, que é onde teremos mais informações sobre cada uma das missões, o jogo ainda nos coloca numa caçada pelos -, localizações chaves encontrados em pontos extremamente altos e que ‘desembaçam’ pedaços do mapa e sidequests, resultando uma cutscene que nos obriga a enxergar as diversas paisagens que compõe o game, com montes, predios, portos, comercios, becos e ruas.

SOM – UM ESPETACULO DE EFEITOS SONOROS

Num jogo onde as emoções podem mudar em questões de segundos, uma trilha sonora bem pensada se torna essencial, e isso é algo que Assassin’s Creed traz com uma altissima qualidade, o jogo vai se desenvolvendo ao ponto de fazer o som se tornar uma ferramenta a mais na jogatina e ao ponto de tornar tudo ainda mais imersivo. A trilha habitual é tranquila, incentivando a observação e a exploração, deixando o jogador calmo para aproveitar cada segundo do jogo sem pressa, mas ela consegue mudar rapidamente para um ritmo mais eletrizante e acelerado quando um crime é cometido, o que chama a atenção dos guardas e te obriga a fugir, se esconder ou lutar, despertando a adrenalina e a agilidade do jogador para sobreviver à luta ou à fuga. As mudanças, apesar de discretas, na trilha de cada cidade se mostram essenciais para nos atinar o subconsciente, construino uma experiencia unica na primeira visita e uma familiaridade nas seguintes, o mesmo se pode dizer dos vozerios ao redor, que nos ajuda a saber perto de quais habitantes estamos, ou até o vago sinal de alerta quando estamos chamando atenção, que nos avisa para se esconder antes que seja tarde demais. Mas acima de tudo, o maior destaque da trilha do jogo são os passos e os trotes a cavalo, é notavel como a mudança do terreno muda o som que os passos e trotes propagam, é uma preocupação surpreendente e que anima.

JOGABILIDADE – É PRECISO TREINAR MUITO PARA SER DA IRMANDADE

Com uma jogabilidade complexa e extremamente diversa, o jogo treina o jogador para ser um Assassino eficiente, com inumeras combinações de ações que resultam em combos que podem te ajudar na luta se bem executado ou te prejudicar caso não consigam ser feitos. Ataques, defesas, contra-ataques, golpes fatais, gingados, discrição, velocidade, força, tudo é essencial para sobreviver nesse jogo, principalmente quando você se vê obrigado a matar alguem ou o faz por acidente, e logo se vê cercado por seis a dez inimigos. A jogabilidade também é testado quando se precisa de velocidade, saber desviar das pessoas, escalar paredes, pular predios e executar um parkour impecavel é empolgante e divertido, além de te ajudar a chegar mais rápido aos objetivos e escapar das situações mais complicadas.

EXTRAS – COLECIONAVEIS E ESPIONAGENS

Além de recebermos uma missão principal, que é composta de um alvo que deve ser encontrado e assassinado, o jogo apresenta diversas sidequests que podem facilmente ser separadas por finalidade e formato. Inspecionar os – liberam as localizações de pontos de Cidadão em Perigo, onde podemos salvar alguns civis da importunação dos soldados locais e ganhar o apoio dos vigilantes (que vão impedir que você sofra ataques quando você inicia uma luta perto deles) ou de – (que vão te ajudar a passar discretamente por areas protegidas ou ‘desaparecer’ na multidão depois de um assassinato), uma série de missões secundárias que adicionam um ponto de DNA na missão quando feitas; Outra grande missões são as de Pick Pocket e a de Informante, que quando bem sucedida liberam informações adicionais sobre o alvo e adicionam pontos adicionais de DNA. Seguindo o caminho das conquistas adicionais, cada território possui um conjunto de bandeiras e Templários escondidas pelo mapa, que podem ser encontradas para liberar conquistas (de coletar todas) e se somam às conquistas liberadas ao cumprir as sidequests. Quem não quer terminar cada missão com todos os pontos de DNA destravados?

CONCLUSÃO – UM CATIVANTE SALTO DE FÉ

Assassin’s Creed é uma grata surpresa em consideração a tantos outros jogos da sua geração, ele nos agarra com sua história interessante e um deslumbrante mundo aberto, que pode ser explorado e gastar algumas boas horas de diversão, o jogo ainda traz uma boa dose de desafio e nos cativa facilmente em seus primeiros minutos. Talvez os maiores problemas do jogo seja sua repetitividade, já que chega um ponto que as missões secundarias parecem apenas uma copia uma das outras, e a falta de legendas, o que cria uma barreira linguista para que os jogadores possam entender mais a fundo o que aconteceu e as informações que possam nos envolver mais atentamente ao roteiro. A proposta de diversificar tão fortemente seus extras é maravilhosa, mas seria ainda melhor saber que após pegar todas bandeiras ou matar todos os templários um conteudo extra seria liberado, engrandecendo o universo do jogo ou liberando alguns minutos a mais de jogatina. Elogiavel em sua narrativa, visual, arte, design e originalidade, não é de se duvidar que o jogo tenha merecido receber vários prêmios na E3 em 2006.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *