Crítica | No Game No Life: Zero

Nota
4.5

“Isso é uma antiga história que parece um conto de fadas.”

Com Elkia sendo liderado pelos irmãos Sora e Shiro, só resta a Tet vagar pela cidade, e se divertir um pouco com seus habitantes, enquanto espera o momento que os irmãos irão desafia-lo. Durante um desses passeios, após ganhar de Izuna, ele resolve contar à jovem Werebeast uma história antiga, sobre a Grande Guerra que aconteceu seis milênios antes que Sora e Shiro chegarem a Disboard, a história da relação que surge entre o jovem humano Riku e uma Ex-Machina desertada, que ele batiza de Schwi.

Baseado no sexto volume da light novel escrita por Yū Kamiya (pseudônimo do brasileiro Thiago Furukawa Lucas), o longa se situa claramente após o final da primeira temporada de No Game No Life, mas ainda assim consegue ser assistida pelos que não acompanham a série, já que ele conta fatos que se passaram no passado do Disboard. Apesar de os Ex-machina serem considerados armas extremamente perigosas, Schwi tem uma personalidade carismática, que nos faz gostar da garota mesmo sem saber seus poderes e os riscos de Riku estar convivendo com ela. A garota robótica conta que foi afastada de seu povo quando falhou em sua missão, a de entender o coração dos humanos, uma tarefa tão complicada que a fez ter uma fixação pelos humanos e garantiu seus desligamento de seu povo. Aos poucos vamos vendo o quanto o desejo de conhecer o coração humano se torna o elo que conecta a androide ao Riku, enquanto Riku deseja de toda forma destruir a ligação que, com o carisma de Schwi, se torna cada vez mais forte.

A inocência de Schwi, a empolgação de Corounne, o cuidado de Riku, tudo nos personagens parecem convergir para tornar o longa tão animador e gostoso de assistir, a forma como Schwi começa a se apaixonar pela humanidade e como Riku começa a se apegar à garotinha, tudo torna tudo especial de uma forma que os 10 episódios da série não foram capazes de fazer, indo a uma profundidade psicológica e emocional tão grande que nos surpreende com a mitologia tão bem construída que existe na saga. Aos poucos vai ficando claro a forma como No Game No Life: Zero é uma versão muito mais dark e épica do que vinhamos vendo na série, indo mais fundo na mitologia ao expor detalhes sobre os Old Deuses, nos apresentando Artosh, o criador dos FlügelsKainas, o criador dos Elfos; e Okein, o criador dos Anões; nos mostrando até detalhes sobre o Suniaster, um poderoso dispositivo capaz de dar poder absoluto ao seu portador, e que fez os deuses entrarem em guerra para possui-lo.

A trama é tão bem construída que nos traz os dubladores da série para assumir novos personagens, que aos poucos se revelam como os ancestrais de importantes famílias citadas na série, nos apresentando ancestrais de Fiel NirvalenStephanie Dola, nos mostrando o passado de Djibril, nos apresentando Azrael e Nina Clive, e dando uma rápida piscadela no surgimento do atual Disboard, vemos todo o desdobramento da Guerra Eterna de uma forma tão mágica e emocionante que entendemos o quanto essa história, mesmo que fora da linha do tempo original, é tão essencial para o andamento da saga. O amor que surgiu entre Schwi e Riku é a verdadeira base para o surgimento da Imanidade, e o surgimento de Elkia é tão sublime que nos faz entender o quanto a jornada do casal disfuncional foi essencial para criar uma premissa tão potente. O longa se forma de um jeito simples mas aterrador, nos levando tão fundo na mitologia de Kamiya que acaba se tornando a melhor parte da série ao mesmo tempo que se mostra praticamente como um spin-off da mesma.

“Se esta unidade vencer, ela deve ser levada para casa com você e a procriação acontecerá.”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

2 respostas

  1. É um dos melhores longas metragens que assisti na vida e tenho lá meus 45 anos.

    Abs

  2. É realmente MUITO bom, quando assisti fiquei deslumbrada, porque, apesar de termos muitas informações agrupadas em um mesmo filme, é facil de entender. Após o final do filme se consegue lembrar de detalhes, por conta dessa simplicidade. Amo No Game No Life!

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