Crítica | Rampage – Destruição Total (Rampage)

Nota
1

Davis Okoye  é um primatologista, um homem recluso que compartilha um vínculo inabalável com George, um gorila muito inteligente que está sob seus cuidados desde o nascimento. Quando um experimento genético desonesto é feito em um grupo de predadores que inclui o primata, os animais se transformam em monstros que destroem tudo em seu caminho. Agora Okoye tenta conseguir um antídoto e impedir que seu amigo provoque uma catástrofe global.

No ano de 1986 foi lançado para o console arcade, produzido pela Bally Midway, o jogo Rampage. Na jogabilidade do game, os jogadores assumiam o controle de monstros gigantes e precisavam sobreviver aos ataques de forças militares. Cada estágio do game era concluído quando uma determinada cidade era completamente reduzida apenas aos escombros e ruínas.

Como vocês já podem reparar, o jogo lançado há mais de 30 anos atrás não se concentrava em narrar uma história ou desenvolver seus personagens, e sim, levar os jogadores à destruir prédios e mais prédios ao longo do caminho. Por algum motivo desconhecido, o estúdio da Warner Bros acreditou que seria uma excelente ideia levar o “universo” desse jogo para as telonas do cinema. No fim das contas, não foi.

Os universos dos games como um todo têm um passado ( tanto antigo quanto recente) de fracassos e mais fracassos quando são adaptados para as telas de cinema. Muitos desses jogos, principalmente os mais atuais, levam consigo boas histórias e personagens interessantes , mesmo assim, ao chegarem nas grandes telas, não entregam a mesma experiência para o público.

Agora, se mesmo os games mais complexos e intensos não tiveram êxito nas produções cinematográficas, qual seria a esperança para Rampage? A ideia do estúdio era usar todo o carisma e presença de cena de Dwayne “The Rock” Johnson para deixar o longa mais aceitável e rentável para o público, contudo, mesmo com o astro em cena, a falta de roteiro, diálogos interessantes e bons personagens deixam a produção maçante para os espectadores.

A verdade é que a grande e possível única qualidade do filme Rampage são seus efeitos especiais. É possível perceber todo o cuidado que a produção teve em deixar os monstros da forma mais realista possível. Toda a textura, movimentação e os mínimos detalhes dos animais são explorados em grande escala e são entregues de uma maneira feita para se assistir em uma tela gigante.

Os monstros (e até mesmos robôs) gigantes têm seu público fiel nos cinemas. Nós sabemos que a grande maioria desses longas não se importam tanto em se basear em um roteiro complexo ou personagens muito bem desenvolvidos. Todavia, Rampage leva essa falta de roteiro e desleixo com personagens ao extremo, e com isso, quando chega a hora dos monstros brilharem, o público já estará cansado nas poltronas da sala de cinema.

 

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

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