Crítica | O Halloween do Hubie (Hubie Halloween)

Nota
2.5

“Olá, fantasmas e duendes.”

Hubie Dubois é um clássico habitante de Salem, Massachusetts, mas vive sendo ridicularizado por quase toda a cidade por conta de seu jeito bobalhão e prestativo demais, principalmente quando chega a época de Halloween, quando ele assume o papel de monitor oficial das atividades de rua. Mas esse Halloween promete ser completamente diferente dos demais, principalmente depois que Walter Lambert se muda para a casa ao lado de Hubie, Richie Hartman foge de uma instituição mental local e vários habitantes locais começam a sumir misteriosamente.

Lançado pela Netflix em 7 de outubro de 2020, O Halloween do Hubie é um clássico filme da Happy Madison Productions, trazendo Adam Sandler no seu clássico papel bobalhão, sendo a pessoa mais rejeitada e chacoteada da cidade mas que, com seu jeitinho de idiota, acaba sendo o grande herói da trama. E como quase todo filme da Happy Madison, o longa reuniu um elenco de peso entre as figurinhas repetidas e os comediantes menos frequentes. Temos, da lista dos contratados da Happy Madison, Kevin James (como o policial local, lembrando bastante uma versão bastante obscura de Paul Blart), Julie Bowen (como a mocinha, Violet Valentine, por quem Hubie é apaixonado desde o colegial), Maya Rudolph e Tim Meadows (como os clássicos colegas de escola de Hubie que cresceram e não cansam de sacanear ele), além de Blake Clark, Colin Quinn, Steve BuscemiRob Schneider e Shaquille O’Neal.

Entre os contratados para o filme temos June Squibb (como a mãe de Hubie), Kenan Thompson (um dos policiais), Noah SchnappParis Berelc (que tem um grande papel ao lado de Hubie na história). Um prato cheio para a comédia que acabou tendo um pequeno desfalque pouco antes das gravações, visto que o papel de Mike Mundi, o maior algoz de Hubie, havia sido escrito para ser interpretado por Cameron Boyce, que se encaixaria perfeitamente no papel, mas com o falecimento de Boyce, o papel precisou ser assumido por Karan Brar, que parece não ter se encaixado tão bem no papel, sendo tão odioso quanto precisávamos, mas não carismático o suficiente. Além disso ainda tivemos a presença especial de Jackie Sandler, esposa de Adam, e suas filhas, Sadie e Sunny, além de outros familiares de Sandler, do roteirista Tim Herlihy, do produtor Allen Covert, de Kevin James, e de Ben Stiller e Ray Liotta, além da participação extremamente especial de Stiller no papel de Hal L, o mesmo papel que ele fez em Um Maluco no Golfe.

Claro que com um elenco tão completo como esse, era de se esperar um filme espetacular, mas infelizmente estamos falando de um filme pastelão de Adam Sandler, então não tem como esperar uma super produção, o que nos ajuda a suportar mais facilmente esse que, não é o melhor filme do ator mas também não chega a ser o pior, conseguindo segurar bem a piada por alguns minutos e nos carregar com suas referencias bem boladas e as piadas bem planejadas, como a identidade do assassino, o motivo da fuga de Richie ou a verdadeira identidade da DJ Aurora. O longa não traz absolutamente nada de novidade, investindo pesado em piadas escatológicas, coadjuvantes bizarros e romance inusitado, se preenchendo com bastante besteiras, o que pareceu significar que o longa era o resultado da promessa que Adam fez ano passado, de que Joias Brutas não fosse indicado ao Oscar, ele ia fazer o pior filme de sua carreira, um objetivo que, se realmente existia, também não foi alcançado pelo ator.

Existe uma certa magia na narrativa, principalmente quando fica claro que Adam não só tinha ciência do que era esperado por um filme seu como abraçou as expectativas e pegou pesado na infantilidade e inocência de seu personagem com o mundo ao redor. Adam, como na maioria dos filmes, é uma criança no corpo de um adulto, o que causa a maior parte do humor do longa, e uma das maiores sacadas é, com toda a certeza, a maravilhosa garrafa térmica com mil e uma utilidades, que funciona como batedeira, lanterna, telescópio e até lançador de corda. Talvez tudo isso seja o que faz com que a produção seja mais do que um filme bobo e mais do mesmo, ele se torna um passatempo bem florido com atuações que podem parecer bem forçadas.

“Hubie Dubois é o cara mais legal da cidade”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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