Crítica | Eternos (Eternals)

Nota
4.5

“Por que não ajudaram contra o Thanos? Ou em outras guerras ou tragédias ao longo da História?
Fomos instruídos a não interferir em conflitos humanos que não envolvem os Deviantes.”

Há sete mil anos, a humanidade entrava em colapso, sendo caçada por criaturas terríveis que tinha como único objetivo aniquilar sua presença da face da Terra, mas tudo mudou com a chegada de seres etéreos, com poderes magníficos e que prometeram trazer paz ao ajuda-los a exterminar os terríveis Deviantes, eles se denominava como Os Eternos.

Adorados como deuses, o grupo ajudou no desenvolvimento humano, trazendo novas ferramentas e agilizando o crescimento da sociedade sem nunca interferir em seus conflitos internos, a não ser que esses envolvem as ameaças monstruosas da qual eram velhos conhecidos. Com o passar dos séculos, os poderosos inimigos foram aniquilados, trazendo divergências sobre o propósito terreno do grupo, o que causou uma grande ruptura entre eles. Separados, cada um se misturou como pode entre a humanidade, assistiu seu crescimento e esperou o momento correto para retornar ao seu lar.

Mas, cinco anos após o poderoso estalo do Titã louco, os Deviantes voltam a despertar, trazendo novas calamidades e obrigando seus inimigos a saírem das sombras para defender a raça humana mais uma vez. Mas, seriam eles capazes de colocar as diferenças de lado para seguir seu velho propósito ou algo ainda mais sombrio se esconde entre as sombras do seu destino?

Após o encerramento do primeiro grande arco no universo cinematográfico da Marvel, uma série de perguntas surgiu entre os fãs, principalmente quando um filme tão poderoso foi anunciado, prometendo expandir ainda mais tudo que nos foi mostrado. A grande questão é: como o estúdio poderia explicar a presença de heróis tão poderosos em seu universo sem tê-los utilizados na Guerra Infinita, já que toda força seria bem vinda contra Thanos.

Pois bem, a responsabilidade por essas respostas caia na colo da brilhante Chloé Zhao, que responderia não só essas perguntas como traria um novo contexto para seres emblemáticos que tanto conhecemos. Dirigido e roteirizado pela mesma, Eternos nos apresenta seu rico universo ao nos mostrar nossa própria história de uma maneira magnífica e contemplativa, utilizando a evolução social para o desenvolvimento das diferentes personas que deseja desenvolver.

Não é a toa que o filme se permite respirar, nos fazendo apreciar seu desenvolvimento e procurar, instintivamente, nossas próprias respostas. Cada nova apresentação traz um novo recomeço dentro da jornada, nos fazendo entender bem os pontos apresentados e canalizando seu caminho para as reviravoltas necessárias.

O longa divide seu tempo de tela entre a ameaça presente e flashbacks de momentos históricos, construindo um paralelo oportuno que engrandece seus personagens e nos apresenta suas visões através daquilo que tanto estudamos. Cada contato humano cria novas raízes em seus personagens, mudando suas formas de agir e até a maneira de enxergar seu papel no mundo, o que traz novas vertentes dentro do próprio enredo.

Os estereótipos heroicos são destroçados perante nos olhos, nos fazendo reavaliar tudo que conhecemos enquanto constrói personalidades mais humanas e coesas para cada um de seus protagonistas. Cada decisão aqui tomada, por mais curiosa que seja, conduz claramente com que nos foi apresentado, trazendo personagens falhos e complexos que enriquecem ainda mais a trama.

Com um toque mais artístico e poético, Eternos é um filme fora da curva construída pela Marvel. Aproveitando bem cada momento de sua duração, o longa nos entrega uma trama sensível e apurada que pode não agradar a todo mundo, mas conquista profundamente quem se abre para o que lhe é proposto.

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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