Crítica | Premonição 3 (Final Destination 3)

Nota
3

“Você pode não voltar do Voo do Diabo!”

Depois de um acidente de avião e um engavetamento na estrada, a franquia retorna para criar mais um trauma em seus espectadores, agora com os planos da Morte acontecendo seis anos depois do voo 180 em parques de diversões, com Wendy Christensen (Mary Elizabeth Winstead) tendo uma premonição que dá um triste fim a um passeio em na montanha-russa Voo do Diabo. Em pânico, ela abandona o brinquedo com algumas pessoas — segundos antes do acidente mortal acontecer. A dinâmica volta a se repetir: quem escapou está agora na mira da Morte, seguindo uma ordem misteriosa de eliminação que só Wendy parece disposta a entender… ou impedir.

Premonição 3 mantém a espinha dorsal da série e oferece exatamente o que os fãs esperam: mortes criativas, tensão crescente e pistas visuais que prenunciam o destino de cada personagem. Dessa vez, há um novo elemento: fotografias tiradas por Wendy na noite do acidente revelam possíveis pistas sobre como os sobreviventes vão morrer. A ideia não só reforça o clima de paranoia, como adiciona um toque estético interessante, ampliando o papel da protagonista na tentativa de antecipar os acontecimentos.

Com direção de James Wong — que também dirigiu o primeiro filme — a terceira parte tenta recuperar o equilíbrio entre o terror psicológico e o espetáculo gráfico. Mary Elizabeth Winstead se destaca com uma protagonista mais expressiva e vulnerável, trazendo emoção ao centro da trama. Apesar disso, a maioria dos coadjuvantes serve apenas como carne de canhão para as engenhocas da morte, em sequências que por vezes beiram o cartunesco. A franquia já havia abraçado o exagero, mas aqui isso se torna ainda mais evidente.

O filme também carrega o legado dos finais questionáveis. Se o desfecho do primeiro foi forçado e o segundo escrachado, o terceiro não escapa à regra. A tentativa de fechar com um “choque final” acaba soando repetitiva e previsível — e enfraquece o impacto de toda a trajetória construída. Ainda assim, Premonição 3 consegue entregar momentos marcantes, equilibrando tensão e ironia mórbida, e reafirma o fascínio da série pela ideia inevitável de destino.

“Você pode fugir, mas não pode se esconder.”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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