Nota
Raft, um jogo de sobrevivência em mundo aberto, ganhou popularidade por sua proposta bastante peculiar, fazendo o jogador começar a deriva em uma jangada no mar aberto. Sua primeira versão foi lançada em dezembro de 2016 no itch.io pela Redbeet Interactive, e teve sua versão final lançada em 20 de junho de 2022. O game ganhou bastante visibilidade no período da pandemia, pela possibilidade de jogar com os amigos, além de muitos streamers e youtubers famosos promoverem Raft.
ENREDO – ESSE É O FIM?
Após o apocalipse, o mundo está completamente inundado, você está numa pequena jangada no meio do oceano sem quase nenhuma informação do que aconteceu. Você tem que sobreviver, coletando os recursos que chegam, e navegando para explorar e descobrir a origem desse desastre. Encontrando ilhas específicas e estruturas misteriosas, você vai aprendendo aos poucos sobre os eventos passados e descobrindo notas deixadas por outros sobreviventes. A história do jogo não é linear, nem obrigatória, mas é profunda e acaba tornando a gameplay mais interessante.
GRÁFICOS – O SIMPLES E CONFORTÁVEL
O jogo utiliza de um gráfico com poucos polígonos, sendo um 3D mais cartunesco e menos realista, adiciona cores vivas dando uma estética leve e harmônica com o ambiente marinho, e também ajuda no desempenho do jogo, exigindo menos do hardware. As ilhas encontradas são distintas mas com elementos semelhantes. Já onde você vai passar maior parte do tempo, A jangada, tem uma personalização inimaginável, mas, dependendo da quantidade de elementos e do tamanho da jangada, podem ocorrer quedas de FPS. Contudo o jogo é bastante fluido e geralmente não apresenta bugs e lags.
AMBIENTAÇÃO – AQUI NO MAR!
O mar aberto é a maior parte do ambiente do jogo, e pode não parecer, mas esse mar esconde mistérios e enigmas que irão atiçar sua curiosidade. Pela manhã o mar pode parecer pacífico, mas a noite o ambiente sem luz passa uma sensação de hostilidade constante, e há uma presença ameaçadora que a qualquer momento pode quebrar sua jangada… Ilhas aleatórias surgem durante o jogo com recursos básicos, e as grandes ilhas que fazem parte da história, possuem estruturas abandonadas, pistas que dialogam com a história e climas que dão outras perspectivas a narrativa, cidades inundadas, florestas, selvas, geleiras.
SOM – UM MERGULHINHO
A trilha sonora do jogo é suave, quase imperceptível, dando espaço aos sons ambiente, ela é bastante agradável e combina com o clima do jogo, mudando durante o ciclo dia e noite. Os efeitos gerais, como construir, combate, coleta, são equilibrados e não causam irritabilidade. Nada é excessivo, desde os momentos mais calmos aos mais agitados.
JOGABILIDADE – SOMOS NÁUFRAGOS
Raft é um jogo de sobrevivência, em primeira pessoa, e com liberdade de exploração, a jogabilidade será um progresso lento de coleta de recursos, gestão e exploração, além de alguns momentos de combate, tudo isso com controles simples e intuitivos. Jogadores que curtam esse estilo de jogo irão aproveitar bem a gameplay, mas o modo cooperativo pode ser a cereja do bolo, caso você busque um pouco mais de diversão, e mesmo com os amigos, o jogo progride bem com uma quantidade maior de jogadores. O jogo não possui um mapa, e você deve ficar atento aos recursos, principalmente no início, e com o tempo, o jogo vai se equilibrando gradativamente, liberando novos craftings, combates e até mergulhos.
EXTRAS – DÁ PRA FAZER UM TITANIC!
Mesmo que a história aponte para um fim, o jogo não acaba realmente, há possibilidades de continuar explorando, e criando sistemas dentro do jogo. Há easter eggs escondidos e notas que enriquecem a história, fora do trajeto principal do jogo, que contam algumas histórias paralelas. E com o modo sandbox, você tem liberdade para utilizar sua criatividade e criar seus sistemas explorando seu potencial ao máximo.
CONCLUSÃO – CATIVANTE E QUASE LIMITANTE.
Raft é bastante simples de mecânica e minimalista nos gráficos, o que torna a experiência confortável. Apesar de parecer ter muito conteúdo, o jogo ainda se torna limitante mesmo tendo diversas possibilidades de criação e personalização de jangada e sistemas. Contudo, até chegar ao ponto de você explorar todos esses recursos, demora bastante tempo, e a progressão além de ajudar nesse sentido, é equilibrada, então você não sente cansaço. A história do jogo é realmente interessante e acompanha muito o progresso, então mesmo que você não goste de campanhas e o jogo não te obrigue a seguir o roteiro, acaba sendo mais interessante o “conteúdo extra” para o progresso da gameplay, que torna a jogabilidade ainda mais imersiva.
Vincce

Streamer e Criador de conteúdo nas horas vagas, ama gatos, sorvete e escuta todo tipo de musica... Ou quase. Estudante de Bacharelado em Gastronomia e aspirante a Mago, não só dos games, mas também da cozinha.